Mário Coelho
A Corregedoria da Polícia Civil de Goiás abriu nesta segunda-feira (8) inquérito administrativo para apurar a participação de dois policiais goianos no grampo clandestino de deputados distritais da oposição ao governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido). Motivado pela matéria publicada com exclusividade pelo Congresso em Foco na última sexta (5), o secretário de Segurança Pública do estado, Ernesto Roller, determinou que todos os fatos sejam apurados.
A informação foi repassada ao site pela deputada distrital Erika Kokay (PT), que se reuniu com Roller na tarde de hoje. Ela encontrou-se com o secretário por conta do caso envolvendo o desaparecimento de adolescentes no Entorno de Brasília. No encontro, ela aproveitou para questionar o titular da pasta sobre os procedimentos da polícia goiana com relação ao caso. “Eu soube do caso pela reportagem do Congresso em Foco. Determinei imediatamente que a Corregedoria investigue. Esse caso não pode ficar impune”, afirmou Roller.
Segundo Roller, os policiais Luís Henrique Ferreira e José Henrique Daris Cordeiro fazem parte da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc). Nenhum dos dois está relacionado com atividades de inteligência, nem possuem autorização para isso. De acordo com o secretário de Segurança, eles não tinham investigações nem permissão para trabalhar em Brasília. Os dois foram presos por policiais da Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (DECO) da Polícia Civil brasiliense na quarta-feira (3). Eles prestaram depoimento e depois foram liberados.
Após negar a existência do caso, a PCDF voltou atrás e confirmou hoje a prisão dos policiais e do servidor comissionado da Câmara Legislativa Francisco do Nascimento Nogueira, lotado no gabinete do deputado Benedito Domingos (PP). No sábado, o ex-diretor da instituição, delegado Cléber Monteiro, já havia admitido a operação dos policiais do DF. Por conta de uma operação abafa ordenada pelo Palácio do Buriti, Monteiro deixou o comando da PCDF na semana passada.
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