De acordo com a nota, as conversas com políticos e partidos têm como objetivo o “relançamento do governo” após a votação do impeachment. “Não há ‘compra de votos’ em curso. A aproximação, o diálogo e as negociações feitas pela área política do Palácio do Planalto não se resumem a apenas uma votação, e sim para um relançamento do governo no dia seguinte após o Brasil superar a agenda catastrofista do impeachment.”
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A publicação faz ataque a reportagens publicadas pelas revistas Veja, Época e IstoÉ sobre as ações do governo em busca de apoio para derrubar o impeachment no Congresso e acusa os defensores do impeachment de estarem cooptando parlamentares.
“Embarcam, assim, na onda dos denunciadores, que acusam o governo de fazer exatamente aquilo que – eles, sim – estão fazendo. Como declarou o ministro Ricardo Berzoini na sexta-feira (8), ‘mesmo com todo o esforço de cooptação de parlamentares, com promessas de cargos e vantagens, eles não têm os votos’”, destaca o texto. “A tese das semanais constitui, isto sim, mais um capítulo da tentativa inclemente de aprovar o impeachment a qualquer preço”, acrescenta.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, o governo tenta atrair apoio com nomeações para vagas estratégicas na administração. Os cargos distribuídos a aliados podem movimentar até R$ 38 bilhões em recursos do orçamento deste ano, dos quais, R$ 6,2 bilhões são investimentos. As negociações, que têm sido chamadas de “balcão de negócio” pela oposição e de “repactuação da base” pelo governo, se intensificaram após o rompimento do PMDB com a presidente Dilma.
Veja a íntegra da nota do Blog do Planalto:
“#GovInforma: A torcida organizada das semanais com o factoide da ‘compra de votos’
Quando o linchamento público fracassa, quando se constata a reação vitoriosa ao ódio, à intolerância e ao rancor como estratégia para o triunfo político, quando são evidentes os sinais de arrefecimento da ação golpista, a saída é recorrer a factoides.
Desesperados.
É o que se conclui com a orquestra afinada (ou desafinada?) das revistas semanais, que em suas edições deste fim de semana abordaram, de maneira uníssona, a tese de “compra de votos do Palácio do Planalto para combater o impeachment na Câmara”.
Tese, sim, e em tom de “denúncia”. A negociação de emendas e cargos – “e até dinheiro”, como narra uma das publicações – é descrita com a agressividade habitual pelas revistas Época, IstoÉ e Veja. Ainda que não exibam prova alguma, nem sequer uma declaração oficial de parlamentares abordados ou “comprados”, ou outra mínima evidência capaz de sustentar a tese como fato jornalístico.
Era para ser jornalismo, mas não passa de torcida organizada.
Embarcam, assim, na onda dos denunciadores, que acusam o governo de fazer exatamente aquilo que – eles, sim – estão fazendo. Como declarou o ministro Ricardo Berzoini na sexta-feira (8), “mesmo com todo o esforço de cooptação de parlamentares, com promessas de cargos e vantagens, eles não têm os votos”.
Não há “compra de votos” em curso. A aproximação, o diálogo e as negociações feitas pela área política do Palácio do Planalto não se resumem a apenas uma votação, e sim para um relançamento do governo no dia seguinte após o Brasil superar a agenda catastrofista do impeachment.
A tese das semanais constitui, isto sim, mais um capítulo da tentativa inclemente de aprovar o impeachment a qualquer preço. Na falta de evidência prática de sua vitória, as revistas e os apoiadores do golpe parecem torcer para sua “profecia autorrealizável”.
O termo, cunhado em 1949 pelo cientista social norte-americano Robert Merton, em inglês chama-se self-fulfilling prophecy.
Na prática, significa você repetir tanto uma coisa, com bases falsas, até que ela se torne realidade.
Neste caso, não se tornará.”
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