Esta é a primeira denúncia da Lava Jato que cita um número tão grande de parlamentares. O PP, legenda no qual todos eles pertem, recebia propina da diretoria de Abastecimento da Petrobras, de acordo com as investigações e delações premiadas.
Atualmente, o PP tem ganhado força no governo. Com a saída do PMDB, o partido pode herdar um dos ministérios que são comandados por peemedebistas. O Planalto considera o apoio do PP essencial para evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
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Os denunciados pela PGR foram os deputados Arthur Lira (PP-AL), Mário Negromonte Júnior (PP-BA), Luiz Fernando Faria (PP-MG), José Otávio Germano (PP-RS) e Roberto Britto (PP-BA), além dos ex-deputados Mário Negromonte (ex-PP-BA, também ex-ministro das Cidades) e João Alberto Pizzolatti (PP-SC). Todos são investigados por terem sido beneficiados com recursos desviados da Petrobras, mas já negaram as acusações.
Alguns deles, ainda foram acusados de outros crimes, como o deputado Negromonte Junior, que, segundo a PGR, tentou embaraçar as investigações da Lava Jato ameaçando o ex-deputado do PP Luiz Argôlo para que não fizesse delação premiada.
No caso de Arthur de Lira, esta é a segunda denúncia dele na Lava Jato. A primeira foi feita contra ele e seu pai, Benedito de Lira (PP-AP). Os dois são suspeitos de receber repasses ilícitos da UTC relacionados às obras da Petrobras. Segundo a PGR, Arthur ainda foi flagrado visitando o escritório do doleiro Alberto Yousseff em São Paulo para buscar dinheiro.
Já Benedito, segundo inquérito finalizado na semana passada pela Polícia Federal, praticou também crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A PF afirma que a conclusão do inquérito resultou de buscas e apreensões em imóveis, relatórios de inteligência, depoimentos e provas documentais.
A denúncia da PGR é a oitava apresentada na Lava Jato ao STF. Até agora, 27 pessoas foram denunciadas.
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