Rodolfo Torres
Sensibilizar o comando do PT e chamar a atenção da opinião pública e da Justiça para a decisão “autoritária e ilegal” da direção nacional do partido, que apoia a candidatura à reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão.
Esse é o motivo da greve de fome do deputado Domingos Dutra (PT-MA), que está no plenário da Câmara sem se alimentar desde a sexta-feira (10).
Destacando que o partido em seu estado decidiu apoiar a candidatura do deputado Flávio Dino (PCdoB) ao governo maranhense, mas que a direção nacional forçou uma coligação com Roseana, Dutra afirma que não teve sucesso quando tentou falar com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, sobre o assunto.
“A opção da direção nacional foi nos esmagar”, disparou. Para ele, o apoio à candidatura de Roseana é “uma violência contra o PT” e acaba com o discurso do partido.
O deputado avalia que o fato de o PT se coligar à família Sarney significa “favorecer a bandidagem”. “É fortalecer a corrupção, é dizer amém ao latifúndio, é dizer amém a tudo aquilo que o PT não defende. E a prevalecer isso, é preferível que no Maranhão a gente não dispute nada. Porque a gente ganha, ele cassa. Os opositores do Sarney todos respondem a processo”, destacou Domingos Dutra.
“No Maranhão, a gente ganha e o Sarney vem aqui, no tapetão em Brasília, e muda. Portanto, nós já estamos cansados de ganhar eleição legitimamente no Maranhão, e o Sarney com chantagens, com bajulação, chega aqui em Brasília e altera o resultado.”
A reportagem entrou em contato com a assessoria do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que preferiu não comentar as declarações do deputado petista.
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