O deputado Roberto Brant (PFL-MG), acusado pelas CPIs do Mensalão e dos Correios como um dos beneficiários do “valerioduto”, pediu hoje o arquivamento de seu processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, por considerar a representação equivocada. “Eu não cometi irregularidade. Se alguém cometeu, foi a Usiminas”, afirmou o parlamentar.
O pefelista recebeu, em 2004, uma doação de R$ 102 mil das Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), paga via SMP&B, uma das agências do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador do mensalão. Os recursos foram empregados na campanha de Brant à prefeitura de Belo Horizonte (MG).
O deputado disse ter recebido um telefonema do presidente da companhia, Rinaldo Soares, que lhe informou sobre uma doação de R$ 150 mil, a ser repassada por Valério. Segundo Brant, a Usiminas cometeu irregularidade, pois fez a doação pela SMPB como verba de publicidade, embora a agência tenha declarado os recursos como contribuição de campanha.
O pefelista afirmou que seu único erro foi aceitar o dinheiro da Usiminas. “Mas todos estão sujeitos a avaliações equivocadas e devem assumir as conseqüências”, afirmou. “Poderia nem ter sacado e não estaria aqui respondendo a processo”, lamentou o parlamentar.
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