O deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), relator-adjunto da CPI dos Correios, afirmou que o seu partido não aceitará a análise de destaques após a votação do relatório final do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Ontem, depois de reunião realizada na presidência do Senado, representantes do governo e da oposição anunciaram um acordo para evitar que a CPI termine seus trabalhos sem a apresentação de um documento final.
De acordo com o entendimento anunciado, a comissão votaria o relatório de Serraglio e, em seguida, destaques relativos a temas polêmicos, como a definição do mensalão, a conceituação de que os recursos da Visanet, que abasteceram o esquema eram recursos públicos, e mudanças nos indiciamentos propostos pelo relator.
Paes disse que não foi informado do acordo e que o PSDB não aceita qualquer violação às normas regimentais. De acordo com o regimento, votado o relatório original, se aprovado, está encerrada a discussão. No caso de rejeição, a comissão passa a votar as propostas de voto em separado.
"Não aceitamos nada de destaques, no caso da aprovação do relatório, porque isso não está previsto no regimento", disse Paes o relator-adjunto. O deputado ressaltou, no entanto, que os tucanos têm disposição de negociar a produção de um relatório consensual e que o partido seguirá as decisões que forem tomadas por Serraglio.
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