Orquestrada, a base governista na CPI dos Cartões Corporativos conseguiu impedir a convocação do presidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto, para explicar a divergência entre gastos dos cartões corporativos enviados à comissão e ao Tribunal de Contas da União.
De acordo com o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), o Banco do Brasil omitiu da CPI 1.016 itens de gastos considerados não sigilosos da Presidência da República e da Polícia Federal, totalizando R$ 827.773,24. O deputado afirmou que os dados foram enviados ao TCU como não-sigilosos. Porém, não foram remetidos à CPI sob a alegação de que eram protegidos por sigilo.
A presidente da comissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), afirmou que considera grave a divergência encontrada nas informações enviadas à CPI. “Esta CPI não pode ser induzida a erro em hipótese alguma, por qualquer órgão. Se eu recebi um documento que contradiz outro documento, alguém tem que vir explicar”, defendeu.
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O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) argumentou que a aprovação da convocação do presidente do banco pela oposição teria o objetivo de constrangê-lo. “Este requerimento coloca em dúvida a veracidade de informação do Banco do Brasil. Se aprovado, nós estaríamos chancelando uma acusação contra o banco”, afirmou.
Irritados, os autores do requerimento, Carlos Sampaio e Índio da Costa (DEM-RJ), revelaram que os gastos se referem às despesas consideradas constrangedoras, semelhantes às que se encontravam no dossiê de gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. (Tatiana Damasceno)
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