O Estado de S. Paulo
Cada aparição em rede nacional custa R$ 90 mil
A estratégia da presidente Dilma Rousseff de aparecer cada vez mais em pronunciamentos em rede nacional de rádio e televisão custou até agora R$ 1,2 milhão aos cofres públicos desde o primeiro ano de seu mandato, em 2011. Cada vez que a presidente vai à TV, o Palácio do Planalto desembolsa R$ 90 mil com produção, gravação, edição, computação gráfica, trilha, locução, equipe e equipamentos.
Ontem Dilma fez seu 17º pronunciamento desde que tomou posse. Trata-se de uma média que supera cinco aparições por ano. Seus antecessores, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, registraram uma média inferior a três pronunciamentos de TV anuais.
Subsídio deve subir 18% em 2014 e chegar a R$ 323 bi
O governo vai gastar, ou deixar de arrecadar, em 2014, R$ 323,17 bilhões com desonerações tributárias e subsídios. É mais do que a verba destinada aos ministérios da Educação e da Saúde somados, que terão disponíveis R$ 192,74 bilhões no ano que vem. A conta é dos economistas Érica Diniz e José Roberto Afonso, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
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Cortes de tributos sobre setores selecionados e a concessão de empréstimos a juros abaixo do custo de mercado constituíram, desde a crise de 2008, as principais armas do arsenal do governo para levantar o produto interno bruto (PIB).
Presidente passeia de barco pela Baía de Todos os Santos
Pelo terceiro ano seguido, desde que chegou ao Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rous-seff aproveitou o descanso da virada do ano, na Base Aérea de Aratu, para fazer um passeio de lancha. A bordo da lancha Amazônia Azul, da Marinha brasileira, Dilma foi flagrada ontem cedo dando uma volta pela Baía de Todos os Santos. Pouco antes das 11 horas ela estava de volta à residência oficial da Marinha onde está instalada com seus familiares, na praia de Inema.
Mulher-bomba mata 16 e fere 40 na Rússia
Uma suicida acionou a bomba que levava presa ao corpo na estação de trem de Volgogrado, Rússia, deixando 16 mortos e 40 feridos. Antes de passar pelo detector de metais, a mulher detonou dez quilos de TNT. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.
Uma cidade em pé de guerra
Os 45 mil moradores de Humaitá, em plena selva amazônica, estão em guerra declarada contra os índios. Nessa cidade a 675 km ao sul de Manaus, a presença ostensiva de 500 homens do Exército, da Força Nacional e da Polícia Federal na região, desde sábado, tem evitado novas violências, mas não serenou os ânimos. Desde o Natal, quando pelo menos 2 mil pessoas, revoltadas com o desaparecimento de três moradores na reserva, incendiaram a sede da Funai, a Casa de Saúde do índio, veículos e um grande barco usado para atender a essa população, os indígenas foram banidos da cidade.
O bilionário mercado da dor
Gigantes do setor farmacêutico montam estratégias agressivas para venda de medicamentos analgésicos, segmento que movimenta R$ 2,6 bilhões ao ano no País.
Região vítima de chuvas recebeu só 16% de casas
Quase três anos após a tragédia de janeiro de 2011 na região serrana do Rio, quando mais de 900 pessoas morreram em consequência das chuvas, apenas 966 (16%) das 6 mil casas anunciadas na época para desabrigados pela enxurrada foram construídas pelos governos federal e estadual. O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) atribui o atraso a “problemas na desapropriação de terrenos”.
Escolas estaduais de SP estão abaixo da média
Apenas quatro redes de ensino estaduais brasileiras têm resultados superiores à média geral do Brasil, de acordo com dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) de 2012. A rede de São Paulo, o Estado mais rico do País, fica abaixo do Brasil na média das áreas avaliadas.
Israel revida disparo de foguete e ataca o Líbano
Uma troca de disparos através da fronteira fez subir ontem a tensão no norte de Israel e sul do Líbano, região que foi palco de uma guerra em 2006. Cinco foguetes katiushas atingiram a cidade israelense de Kiryat Shmonah e, em resposta, a artilharia de Israel atingiu o local no território libanês de onde teriam sido efetuados os disparos. Não há registro de feridos.
Folha de S. Paulo
Campos acusa governo federal de omissão
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), usou ontem seu perfil no Facebook para acusar o governo federal de “esperar o pior acontecer” para agir no Espírito Santo, onde 24 pessoas morreram e mais de 60 mil pessoas deixaram suas casas por causa da chuva.
O pré-candidato à Presidência escreveu que, em março de 2012, o então ministro da Integração, Fernando Bezerra (PSB-PE), apresentou à ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a minuta de uma Medida Provisória para facilitar o acesso a recursos por municípios atingidos por desastres naturais.
Para conter Campos no Nordeste, PT aposta na Bahia e no Ceará
Diante do provável voo solo do PSB na eleição presidencial de 2014, o PT aposta na Bahia e no Ceará para manter a vantagem no Nordeste na disputa pelo Planalto.
Com o governador Eduardo Campos (PSB-PE) no páreo, a ideia é reforçar a campanha da presidente Dilma Rousseff em solos baiano e cearense para suprir possíveis perdas nos Estados da região sob gestões do PSB (Pernambuco, Paraíba e Piauí).
População de ‘terra de santo’ não consegue registrar bens
Terrenos urbanos registrados em nome de um santo no final do século 19 estão causando transtornos à população de um município da região norte de Minas Gerais. Em Mirabela (a 483 km de Belo Horizonte), uma série de bens está em nome do padroeiro local, São Sebastião.
Com isso, moradores têm dificuldade para obter financiamentos e empréstimos e para registrar a posse do bem. As “terras de santo”, doadas em 1899 por João Antônio Alves de Almeida, não são um caso isolado na região.
Protestos não são o fim do mundo, são da democracia
Em baixa nas pesquisas de opinião desde os protestos de junho, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), diz que é “burrice” se preocupar com popularidade agora. Ele afirma que as mobilizações “não acabaram nem vão acabar”, mas “não são o fim do mundo” para os políticos.
Reeleito há um ano no primeiro turno, com 64% dos votos válidos, Paes agora segue à risca as cartilhas de marketing para tentar se reerguer. Recebeu o “Mídia Ninja”, responde eleitores em redes sociais e passou a se reunir com ativistas da oposição.
“É burrice pensar agora em popularidade. O desafio é lidar com este ambiente”, disse à Folha na sexta-feira, em seu gabinete no Palácio da Cidade, em Botafogo (zona sul).
Atentado a bomba mata 15 pessoas em cidade russa
Um atentado suicida matou 15 pessoas e feriu ao menos 50 ontem numa estação de trem em Volgogrado, a 900 km de Moscou, na Rússia. Segundo o governo russo, a responsável seria uma mulher. No entanto, outros relatos dizem que poderia ser na verdade um homem que se disfarçou de mulher.
O ataque aumenta o receio de uma possível onda de atentados terroristas nas vésperas dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi (sul da Rússia), em fevereiro. Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado, mas as principais suspeitas recaem sobre radicais da república da Tchetchênia.
Anvisa vai defender adoção de maço de cigarro ‘genérico’
Às voltas para implementar a decisão de banir os sabores artificiais do tabaco, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) promete entrar em nova polêmica: vai defender embalagens genéricas para os cigarros.
Por esse modelo, os maços não têm cores, símbolos ou marcas que diferenciem um produto do outro – em formato-padrão, carregam apenas os nomes do fabricante e do produto e grandes imagens com advertências à saúde.
Schumacher entra em coma após acidente de esqui
O ex-piloto alemão Michael Schumacher, 44, maior campeão da F-1, com sete títulos, sofreu traumatismo craniano e ficou em coma após acidente de esqui em Méribel, nos Alpes franceses, ontem.
Ele foi submetido a uma cirurgia no hospital universitário de Grenoble, cidade próxima à fronteira da França com a Suíça e a Itália, e seu estado é considerado “crítico” segundo boletim médico emitido na noite de ontem.
Facção paulista gerencia negócios do crime no Rio
O PCC (Primeiro Comando da Capital) chegou ao Rio. A facção criminosa paulista, que já montou bases em 13 Estados e até no exterior, se aproximou das três facções cariocas e passou a cuidar de negócios do crime no Estado.
A colaboração entre quadrilhas dos dois Estados ocorre eventualmente há anos, mas agora os criminosos de São Paulo são presença constante em reuniões do CV (Comando Vermelho), da ADA (Amigos dos Amigos) e do TC (Terceiro Comando) no Rio.
Fila paulistana ‘migra’ para estrada e praia
Às vésperas do Ano-Novo, as filas que se espalham durante o ano na capital paulista encontraram um “lugar ao sol” no litoral. Já a cidade de São Paulo ficou vazia.
A espera começa ainda na rodovia e chega até as praias, lotadas. Pela manhã, a reportagem chegou a levar uma hora e 20 minutos para percorrer um trecho de menos de 20 km na Mogi-Bertioga, devido ao excesso de veículos.
“Já era para eu ter chegado lá”, diz a paulistana Vera Lúcia Lima, 54, que ia em direção a Riviera com a família.
Correio Braziliense
A gastança sem freio da Câmara Legislativa
Sem alarde e aos poucos, os deputados distritais praticamente dobraram, nos últimos quatro anos, as despesas com servidores de seus gabinetes. Em 2009, a Casa aprovou uma lei que abre brecha para o aumento de cargos dos comissionados que trabalham diretamente com os parlamentares. Diante disso e dos reajustes salariais concedidos aos funcionários da Casa, a verba de gabinete passou de R$ 97 mil para quase R$ 158 mil por deputado, este ano. A partir de quarta-feira, esse total passará para R$ 173,6 mil, ou 80% a mais que antes da aprovação da norma.
Coquetel do dia seguinte contra a Aids
Especialistas defendem a ampliação do uso de remédios preventivos em situações de risco. Até julho, brasileiros testam vacina anti-HIV em primatas.
Mais regras para planos de saúde
Os beneficiários de planos de saúde começarão o ano com mais direitos garantidos. A partir de 2 de janeiro, primeiro dia útil de 2014, os conveniados terão 87 procedimentos a mais na lista de cobertura obrigatória: 28 cirurgias por vídeo, 22 avaliações genéticas e 37 medicamentos orais para o tratamento do câncer. Além desses, 44 tipos de consultas e exames já existentes foram ampliados.
O novo rol de procedimentos, aprovado em outubro de 2013 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), vale por dois anos, quando deve ser novamente modificado. A principal novidade são os remédios que podem ser tomados via oral para combater os tipos de câncer mais comuns: estômago, fígado, intestino, rim, testículo, mama, útero e ovário. Como muitos deles já são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o beneficiário tem duas opções: continua na rede pública e o plano reembolsa o governo ou muda para o atendimento particular.
83.500 vagas prometidas, nenhuma entregue
A presença de visitantes ilustres, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado federal José Genoino, descortinou o mundo caótico do sistema prisional no Brasil, conhecido bem só pelos profissionais que nele trabalham ou quem o estuda. Quando os primeiros mensaleiros foram presos no Complexo Penitenciário da Papuda, advogados se apressaram em bradar as ilegalidades. A primeira delas, alocar detentos de regime semiaberto em unidade fechada, evidencia uma das principais mazelas do setor: a falta de 240 mil vagas para abrigar 548 mil apenados. O problema da superlotação poderia ser menor caso o governo federal, chefiado nos últimos 11 anos pelo partido dos detentos mais célebres do caso, tivesse cumprido os dois planos lançados para a área carcerária, com a promessa de 83,5 mil vagas. Desse total, nenhuma foi entregue até agora.
500 habeas corpus negados
Enquanto alguns mensaleiros reclamam por estarem no Centro de Internamento e Reeducação (CIR) — onde detentos do semiaberto que não têm emprego são alocados dentro do Complexo Penitenciário da Papuda —, 820 presos, também de semiaberto, cumprem pena no Bloco G da Penitenciária do DF II (PDF-II), essa sim uma unidade com todas as características de estabelecimento fechado, também na Papuda.
Doenças se alastram na cadeia
A queixa dos ex-deputados federais José Genoino e Roberto Jefferson, condenados no processo do mensalão, de que o sistema carcerário não tem condições de prover os cuidados necessários à saúde frágil deles, é tema recorrente entre os 550 mil presos do país. Existem apenas 96 módulos de atendimento ambulatorial dentro dos 1.478 estabelecimentos prisionais. Quase metade das unidades não conta sequer com farmácia. Em 76,4% dos locais, a troca adequada de roupas de cama, banho e uniforme de presos doentes é ignorada. Não há distribuição de preservativos em 42% dos presídios. Em meio à tanta desassistência, proliferam-se doenças que, do lado de cá, são consideradas medievais ou em controle: tuberculose, hanseníase, sifílis, hepatite, Aids.
Oposição critica discurso ufanista de Dilma na tevê
Em tempos de votos para um próspero ano-novo, a presidente Dilma Rousseff discursou ontem, em rede nacional de rádio e televisão, com uma mensagem positiva de incentivo aos brasileiros. Ela reforçou os programas sociais carros-chefes do governo e atacou alguns setores por criticarem o fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o surto inflacionário ao longo de 2013. “Nos últimos anos, somos um dos raros países do mundo em que o nível de vida da população não recuou ou se espatifou em meio a alguma grave crise”, comentou. A menos de um ano para as eleições em que será candidata à reeleição, Dilma deixou a oposição perplexa com o esbanjo de otimismo. Para eles, a reação do país à crise internacional veio tarde.
Mensaleiro quer cursar uma pós-graduação
O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP), condenado no processo do mensalão a 7 anos e 2 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, quer trabalhar pela manhã e fazer um curso de pós-graduação à noite, no Recife. A proposta ainda será apresentada à Justiça. A informação foi dada pelo primo do político, o desembargador aposentado Clóvis Corrêa. O ex-deputado está preso desde a última sexta-feira, no Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima (PE), aguardando decisão judicial sobre a transferência para uma penitenciária de regime semiaberto, como determina a sentença.
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