Os seis homens mais ricos do Brasil detêm uma fortuna equivalente ao patrimônio de metade da população mais pobre do país, cerca de 100 milhões de pessoas. Os dados são do relatório da ONG britânica Oxfam. Esses seis empresários têm, juntos, cerca de US$ 79,4 bilhões (aproximadamente R$ 258 bilhões). São eles: Jorge Paulo Lemann (Ambev), Joseph Safra (Banco Safra), Marcel Hemann Telles e Carlos Alberto Sicupira (ambos também da Ambev), Eduardo Saverin (cofundador do Facebook e João Roberto Marinho, do Grupo Globo.
O relatório utilizou dados da revista Forbes e do banco Credit Suisse para chegar a essas cifras. A desigualdade seria ainda maior se fossem somados os patrimônios dos irmãos José Roberto e Roberto Irineu Marinho, que dividem a sexta colocação entre os brasileiros mais ricos com João Roberto. Cada um deles tem fortuna estimada em quase R$ 14 bilhões.
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A distância entre os mais pobres e os mais ricos, no Brasil, diminuiu um pouco entre 2001 e 2012. De acordo com a Oxfam, os rendimentos dos 10% mais pobres subiram mais que os acumulados pelos 10% mais ricos. O relatório também aponta que os oito bilionários concentram o mesmo valor que a metade mais pobre da população mundial, cerca de 3,6 bilhões.
E sempre aparecerão aqueles bobocas que defenderão estes seis e mais meia-dúzia, afirmando que conquistaram este patrimônio todo de maneira lícita e que quem critica é invejoso blábláblá whiskas sachê, mesmo a tal da operação lava-jato dando provas cabais de como a corrupção endêmica que assola o Brasil é um iceberg indecente de relações entre empresários com o poder público desde os tempos das Capitanias Hereditárias. Com tamanha burrice, fica difícil sairmos do vexame de sermos um dos países com o maior fosso de desigualdade entre seus habitantes.
O que a sociedade brasileira está pensando ao ler essa notícia ? Vamos tributar ferozmente esses 6 exploradores do povo e distribuir a renda para 100 milhões de “vítimas da sociedade”. O problema é que o brasileiro não trabalha, tem preguiça de estudar, não produz e quer ter rendimentos de quem faz tudo isso. Muito se fala em distribuição de renda, mas quando iniciaremos as tratativas para distribuição do esforço ?
Que tipo de esforço você se refere? Ao de elaborar como apropriar mais da mão de obra “quase”escrava do brasileiro médio, ou a de quem tem de trabalhar, estudar, fazer bico por quase 18hs/dia pra conseguir uns reles caraminguás pra ver se consegue comer carne no fim de semana?
Nada como obter riqueza através do trabalho honesto, mas chegar a um patrimônio de bilhões, em 50 anos de atividade do grupo Globo, por exemplo, e achar que isso foi com honestidade total, é ser muito ingênuo e defender que se deva fazer nada a respeito. Além de dar um tapa na cara de quem rala pra viver.
Essa lógica serve para a família do Lula também, que ficou milionária da noite pro dia?
Com toda certeza. Aliás, igual a qualquer político mala desse país. O pior de tudo é que tem gente que ainda acredita que existe um salvador da pátria, como a besta fera do Bolsonaro, ou qualquer outro que se intitule a única opção. Não se dão conta que a verdadeira mudança começa no indivíduo, na família e aí que chega na nação.
A maioria da população hoje é produto dessa rede, talvez até eu, só não sabemos em que proporção. Temos que deixar de ser tão pacíficos como os asininos ou muares, que nasceram para puxar carroça, e não ficar só ralando.
“O brasileiro não trabalha”
Isso inclui você mesmo, certo?
Você é um perfeito produto da lavagem cerebral em massa promovido pelos multibilinários Irmãos Marinho, que controlam boa parte da indústria cultural brasileira.
Como seu nome não é igual ao dos bilionários citados, você sequer consegue enxergar o quanto seria beneficiado pela tributação das grandes fortunas e altas rendas, pelo controle mais rigoroso das movimentações financeiras (que hoje facilitam a sonegação e lavagem de dinheiro, cuja conta VOCÊ paga, a não ser que não trabalhe…). Não percebe que não é um deles, e NUNCA será. Se 6 em 200 milhões concentram essa riqueza toda, por que você acha que será um deles algum dia? Uma simples equação de probabilidade te informaria disso, mas lembre-se que a principal condição para ser rico continua sendo ser filho de ricos…
Além de defender ricaços parasitas que te desprezam como um “zé-povinho” descartável e inferior, ainda por cima espezinha de modo patético e pervertido os milhões de trabalhadores que se sacrificam para conseguir rendas de miséria para si e suas famílias.
Você acha que não é racista, é claro, porque acha supernatural acusar um povo inteiro – um povo mestiço, de origem parcialmente africana e indígena – de ser preguiçoso, improdutivo, incapaz de estudar, etc. Bizarramente, talvez não se considere parte desse povo que você xinga. Mas é. Vai lá para a Europa ou Estados Unidos para ver se ninguém vai te achar “latinoamericano” e “brasileiro preguiçoso” também. E ainda um latinoamericano brasileiro e preguiçoso que odeia a si mesmo.
E com certeza vai me xingar e espernear por discordar de você. Previsível, como todo “coxinha” que cresceu vendo novela, jornaleco televisivo e acha que sabe tudo por ruminar essa (des)informação ruminada.
Ou seja, és o produto perfeito. Sinal que o empreendimento dos Marinho/Ditadura/CIA funcionou direitinho.
Me fala o nome de 6 (em homenagem à reportagem) pessoas com pós-doutorado, doutorado ou mestrado que seja, que tenham ficado bilionárias por terem estudado. Vou te contar uma coisa que vai te deixar desolado: a dinâmica da economia capitalista é a de acumulação progressiva do Capital. Em condições normais (sem grandes reviravoltas na economia, como revoluções tecnológicas, crises econômicas ou erros crassos na administração de algumas empresas) a tendência é que os ricos fiquem cada vez mais ricos. Se você herdou uma grande fortuna e pagar bons administradores, contadores, publicitários, etc. você manterá a empresa da sua família competitiva e lucrativa. Fora os flertes com a política, amiúdes no Brasil, o segredo do sucesso de muitos empresários. Achar que alguém é multimilionário simplesmente porque estudou é de uma estupidez patente.