Mário Coelho
O ex-chefe da Casal Civil do Distrito Federal José Geraldo Maciel usou da prerrogativa de não criar prova contra si mesmo e ficou calado durante o depoimento prestado na tarde desta quarta-feira (20) à Polícia Federal. Ele ficou aproximadamente 40 minutos dentro do prédio da Superintendência da PF em Brasília. Chegou acompanhado de dois advogados e não respondeu às perguntas relacionadas à Operação Caixa de Pandora, que revelou um esquema de propinas envolvendo membros do Executivo e do Legislativo distrital.
Geraldo Maciel está afastado da Casa Civil desde dezembro, logo depois da realização da operação pelos policiais federais. De acordo com o inquérito 650DF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-secretário de Arruda era um dos responsáveis por centralizar a distribuição de propinas a membros da base aliada na Câmara Legislativa. Com autorização da Justiça, o ex-secretário de Relações Institucionais do GDF Durval Barbosa, autor das denúncias, ficou responsável de repassar R$ 400 mil dados pelo governador a Maciel. Esse dinheiro está sendo rastreado pela PF.
Ele não foi o único à comparecer à Superintendência da PF e não prestar declarações. Ontem (19), o policial civil aposentado Marcelo Toledo usou habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e não respondeu às perguntas dos investigadores. Segundo a assessoria da corporação, Geraldo Maciel pode ser convocado a depor novamente. Ele saiu por uma porta lateral do prédio, não dando declarações, assim como seus advogados, à imprensa.
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