Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, atribuiu o recente aumento da taxa básica de juros (Selic) a uma “tendência subjacente” de crescimento da inflação no país.
Segundo ele, há sinais de que essa tendência não é puxada apenas pelo aumento do preço dos alimentos. Por isso, argumentou, o BC “agiu a tempo e a hora” para elevar a taxa básica de juros de 11,25% para 11,75%, no último dia 16. Foi o primeiro aumento desde maio de 2005.
“O Banco Central agiu a tempo e a hora. Portanto, a mensagem à Nação é de que o banco tem a questão inflacionária sob controle”, afirmou aos senadores.
De acordo com Meirelles, o governo está preocupado em não permitir que a inflação chegue até o consumidor. "Quando olhamos no atacado, mesmo com a exclusão de alimentos, o índice está subindo", afirmou. "Há risco de repasse de preços para o varejo e o BC tem de estar alerta para evitar isso", acrescentou.
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Segundo ele, a taxa de juros, "no médio e longo prazos", é "declinante". "Na medida em que a economia está se estabilizando, que os ratings melhorem, tende a fazer com que a médio e longo prazos haja uma tendência declinante dos juros", disse.
Na avaliação do presidente do Banco Central, as políticas econômica e monetária do governo têm dado resultados positivos. Só em março, 200 mil novos postos de emprego foram criados no país, afirmou. Além disso, destacou, a massa salarial e o crédito cresceram acima da inflação nesse mesmo período.
PublicidadeA audiência está embasada numa resolução que prevê que o presidente do BC deve comparecer periodicamente à CAE para discutir política monetária. (Edson Sardinha)
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