O acordo entre Marta, filiada ao PT desde 1981, e o PSB consiste em sua desfiliação em abril e, no mês seguinte, o desembarque no novo partido. O PSB é aliado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tem como vice o ex-deputado Márcio França (PSB-SP).
Segundo informações de bastidor, Marta não fez qualquer exigência para aderir ao PSB e ainda prometeu levar com ela mais petistas insatisfeitos com os rumos do partido. Ela foi informada de que, em caso de derrota para a prefeitura de São Paulo, não seria necessariamente o nome do partido para o governo do estado, em 2018.
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De acordo com um participante da reunião, o acordo foi festejado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). “[O tucano] se mostrou muito satisfeito por ter a senadora Marta do nosso lado”, disse o pessebista.
A senadora deixou o ministério em novembro de 2014 e, desde então, está cada vez mais afastada dos planos do PT – na ocasião, a senadora passou a disparar críticas contra o governo Dilma. Pelo menos desde a semana passada já há a convicção entre os petistas, internamente, de que ela deixará o partido em breve. Em artigo publicado nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo, Marta voltou a criticar o governo Dilma.
“Nas últimas semanas o presidente estadual do PT de São Paulo, Emídio Souza, escalado para negociar com Marta, telefonou para a senadora e ouviu um desaforo. O deputado estadual José Américo (PT-SP) também tentou falar com Marta mas não obteve sucesso. Desde o início de janeiro o PT tenta marcar uma conversa com a ex-prefeita de São Paulo, mas ela nem responde ao convite”, diz trecho da reportagem do Estadão.
Marta Suplicy foi prefeita de São Paulo entre 2001 e 2005. Caso dispute a eleição pelo PSB, deverá enfrentar o atual prefeito, Fernando Haddad (PT), que entrou para a política exatamente em sua gestão.
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