O presidente Lula garantiu que as metas estabelecidas pelo governo para serem cumpridas até 2010 serão mantidas. Em entrevista a seu programa semanal de rádio “Café com o presidente”, Lula afirmou ser possível recuperar os R$ 40 bilhões perdidos com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira.

Além de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), o presidente garantiu que irá cortar R$ 30 bilhões em gastos públicos. Os outros R$ 10 bilhões, Lula espera recuperar a partir do crescimento da economia.

“Tanto o IOF quanto a contribuição dos bancos vão nos dar por volta de R$ 10 bilhões. Mais R$ 20 bilhões que nós vamos cortar do orçamento chegamos a R$ 30 bilhões. Os outros R$ 10 bilhões nós achamos que com o crescimento economia, com mais gente pagando imposto, com modernização da receita, a gente vai poder arrecadar”, disse o presidente.

Durante a entrevista, Lula destacou que o dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já foi empenhado e que a iniciativa privada tem feito investimentos no país.

“O governo está tranqüilo com as coisas que estão acontecendo porque nós fizemos sacrifício no primeiro mandato para poder garantir a tranqüilidade que podemos oferecer ao povo brasileiro hoje. Nós certamente estaremos sempre muito vigilantes para que a gente não permita que haja nenhum desvio nas metas que nós já traçamos para chegar a 2010”, afirmou.

O presidente também destacou os objetivos do governo com relação à educação e disse que estava divulgando números para ser cobrado quando seu mandato chegar ao fim. Segundo ele, já foram aprovadas as construções de dez universidades federais e há outros três projetos aguardando autorização do Congresso.

Além delas, o governo pretende entregar nos próximos três anos 214 escolas técnicas e 450 creches, sendo que estas últimas serão construídas em parceria com as prefeituras.

Lula destacou, ainda, que há um acordo com as telefônicas para que elas coloquem banda larga, gratuitamente, em 55 mil escolas públicas. “Portanto, o governo assume a responsabilidade de fazer o resto. Quando nós estivermos com todas as escolas públicas brasileiras com banda larga, com laboratório de informática, nós estaremos fazendo uma revolução silenciosa, que vai colocar o Brasil entre os países mais importantes do mundo”, enfatizou o presidente, acrescentando que os programas sociais do governo serão todos mantidos. (Soraia Costa)