Detido por desobediência na manhã desta terça-feira (17), em São Paulo, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi liberado após assinar um termo circunstanciado – dado a crimes com menos potencial ofensivo. Assim como Boulos, José Ferreira Lima, também integrante do MTST, foi liberado no início da noite. Os dois estavam detidos no 49º Distrito Policial da Zona Lesta paulistana.
O líder do movimento foi preso pela Polícia de São Paulo enquanto apoiava manifestação de cerca de 700 famílias que foram alvo de reintegração de posse de um terreno em São Mateus, na zona leste da capital paulista.
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Em nota, o MTST considerou a prisão “um verdadeiro absurdo”. Segundo o movimento, “Guilherme Boulos esteve o tempo todo procurando uma mediação para o conflito”. O líder também recebeu o apoio de personalidades como a ex-presidente Dilma Rousseff. Em sua página do Facebook, a petista disse que a prisão é “inaceitável”, “fere a democracia” e “criminaliza a defesa dos direitos sociais”.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que os policiais foram hostilizados por moradores que resistiram à reintegração de posse arremessando pedras, tijolos, rojões e montando três barricadas com fogo. De acordo com a pasta, um policial militar ficou ferido por uma bomba caseira e duas viaturas do Choque foram danificadas.
Ainda segundo a Secretaria, Boulos e outro integrante do movimento foram detidos por “participar de ataques com rojão contra a PM, incitação à violência e desobediência”.
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