O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), criticou novamente a renúncia de integrantes do colegiado. O parlamentar afirmou hoje, em nota, que o afastamento dos colegas “frustra as expectativas da sociedade brasileira de poder contar com um canal isento e confiável nas investigações”.
A renúncia coletiva foi um protesto ao festival de absolvições, em plenário, de deputados apontados como beneficiários do mensalão. Até agora, 11 foram julgados e três tiveram a degola decretada. Apenas em dois dos casos o Conselho é que foi sugerido ao Plenário a absolvição.
Dois deputados já oficializaram a renúncia ao mandato no Conselho, segundo Izar: Orlando Fantazzini (Psol-SP) e Carlos Sampaio (PSDB-SP). O presidente do órgão afirmou ainda que outros três deputados devem formalizar a renúncia nesta terça-feira: Julio Delgado (PSB-MG), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Benedito de Lira (PP-AL).
Izar aproveitou a oportunidade para alfinetar os colegas que renunciaram. Declarou que vai pedir aos partidos para substituírem as ausências por parlamentares que tenham “conhecimento jurídico, não sejam radicais e que sejam experientes”.
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