A imagem das instituições da República está na UTI
A semana foi de abalo na reputação das instituições da República. O que se viu foram sucessivos exemplos de como os agentes públicos não devem atuar, de como desperdiçar ativos de imagem e de como errar na condução de estratégias de comunicação. Em termos de imagem e de exemplo de porta-vozes e gestores institucionais, houve “perda total”, como dizem as seguradoras quando o veículo tem danos fatais em acidentes de trânsito.
Começou com o presidente do Senado, Renan Calheiros, recusando-se a receber o oficial de Justiça enviado pelo Suprema Corte. Assombro geral e manchetes nos sites de notícia, com a foto da porta entreaberta comprovando a presença do senador na residência oficial e o enfrentamento em não receber a notificação.
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A seguir, a decisão do STF de manter Renan no cargo mas parcialmente, impedido de participar da linha sucessória da Presidência da República. O ministro Marco Aurélio, que chegou a ser criticado por afastar o presidente do Senado por liminar baseada num julgamento inacabado, foi vencido no plenário por 6×3. Os demais ministros também foram alvo de críticas, e o resultado classificado de “meia-sola” institucional. Renan ficou no cargo, mesmo a presidente Carmen Lúcia tendo passado um “pito” no parlamentar, ao afirmar na sessão que “dar as costas a um oficial de Justiça é dar as costas ao Judiciário”.
A ópera-bufa continuou. Um dia depois, o mesmo Renan afirmou que “decisão judicial é para ser cumprida” e simplesmente desistiu de votar o projeto de abuso de autoridade, pelo qual se empenhou tanto. “O acórdão se confirmou”, disse Marco Aurélio, completando que pelo menos Renan não chamará o Supremo de “Supremeco”.
No Executivo, mais um fio desencapado na costura política com a base aliada. Líderes do chamado “Centrão” reagiram à notícia de que o tucano Antônio Imbassahy (PSDB-BA) será o novo Secretário de Governo, levando o presidente Michel Temer a reavaliar. E tudo isso no momento em que o governo mais precisa da base aliada para aprovar projetos impopulares e a temida reforma da Previdência.
A sucessão de abalos surrealistas deu margem a ironias na imprensa, com analistas afirmando que as instituições estão funcionando. Devem estar respirando por aparelhos, como nas unidades de terapia intensiva.
Cuidado ao ser fotografado!
Uma das regras obrigatórias em Media Training é que porta-vozes públicos precisam ter cuidado ao participar de exposições públicas, pois são porta-vozes institucionais e suas ações impactam as instituições onde atuam. Na semana, viralizou nas redes a cena da foto do juiz Sérgio Moro conversando e rindo, numa demonstração de proximidade e intimidade com o senador Aécio Neves (PSDB), um dos citados nas delações premiadas da Operação Lava-Jato. A cena foi clicada durante a premiação “Brasileiros do Ano”, da revista IstoÉ. Por sua atuação como principal juiz da Lava-Jato, Moro virou celebridade nacional e recebe tanto aplausos como críticas à condução e julgamento dos processos no âmbito da Lava-Jato.
Como era de se esperar em tempos de excesso de informação nas redes sociais, a foto viralizou na internet gerando muitos memes e indignação. O assunto foi tão comentado que chegou ao trending topics do Twitter. A principal crítica foi quanto à postura de Moro, o que estaria o “mocinho” conversando com o “vilão”?
Nos últimos dias também repercutiram na internet outras cenas de Moro, como a sua equipe de segurança pessoal, que o acompanhava na sala de espera no aeroporto, e ele ter viajado no mesmo voo da mulher de Eduardo Cunha, Claudia Cruz.
Adivinha o que o brasileiro mais procura no Google?
Depois das perguntas mais frequentes que o brasileiro faz para o Google, nesta semana o “Fixr.com”, site de estimativa de custos, divulgou um mapa que mostra quais produtos os usuários do Google mais buscam em cada país. O mapeamento se baseou no preenchimento automático da frase “Quanto custa um…”.
Os resultados foram os mais inusitados. No Brasil e na Tailândia as pessoas querem saber quanto custa uma prostituta. No Irã, o preço de um rim é bastante pesquisado. Já na Venezuela a dúvida é quanto custa um galão de gás. Confira outros resultados fascinantes e perturbadores.
Chega ao Brasil o Allo, aplicativo do Google concorrente do WhatsApp
Para acirrar ainda mais a competição entre as maiores empresas no âmbito das redes sociais, o Google lançou no Brasil esta semana a versão em português do seu Allo. O app vem como concorrente do WhatsApp e Telegram. Além de um aplicativo de mensagens, promete ser um assistente pessoal. O Allo tem embutido recursos de inteligência artificial que automatizam algumas tarefas e permitem realizar buscas no Google dentro das janelas de conversa. Além disso, o aplicativo pode sugerir respostas automaticamente durante as conversas e permite ao usuário, sem sair da janela do chat, consultar a previsão do tempo, ver rotas, programar alarmes, entre outras ações.
Fala-se tanto em reforma da Previdência e a PEC dos gastos, mas, e a reforma eleitoral e a política?
Depois dos últimos acontecimentos me parece ficou no segundo plano.
A resposta está claro, tanto a previdência como a dos gastos a quadrilha jogou como bomba no colo da população, tipo toma que o filho é teu, mas não pode fazer o mesmo com a reforma política.
Temos que acabar, por exemplo nos absurdos que existem na doação para as campanhas eleitorais, as regras para estabelecer os limites do que é legal do que não é é um verdadeiro angu de caroço, coisa feita propositadamente pela quadrilha, exatamente para não chegar a conclusão alguma. Proíbe-se as doações e pronto.
Não acredito em reforma política idealizado por raposas.
Teria que ter maior mobilização da população, coisa infelizmente muito remota.
O que as FFAA estão esperando?, já passou da hora de uma higiênica intervenção com fechamento de Congresso e Senado e botando essa corja de políticos para correr e havendo resistência é só eliminar. Botar ordem no galinheiro pelo tempo necessário e devolver novamente aos civis em eleições diretas e livres para tentarem novamente levar esse RICO país a ocupar o seu merecido lugar no comboio mundial como uma locomotiva e não apenas como um vagão dele.
Temer é o animador político errado para o momento. Sua trajetória política mostra que só sabe fazer duas coisas: cabalar votos com parlamentares e fomentar o “orgulho institucional” da Câmara mediante a criação e preservação de privilégios salariais de seus servidores. Quem administra por tanto tempo a Câmara como um feudo, distribuindo benesses e prebendas e dando as costas à cidadania, acaba com a boca torta. Temer não tem a sensibilidade imprescindível à chefia do Estado e do Governo, e com o aprofundamento da crise isso vai se revelar cada vez mais. É uma espécie de Sarney sem a amizade e o aconselhamento de Ferreira Goulart. E os tempos são outros.