O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, afirmou em seu depoimento à Polícia Federal que entregou “em mãos” para o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o extrato bancário do caseiro Francenildo Costa. Mattoso disse à polícia que lhe informaram de uma movimentação atípica na conta do caseiro. Ele então pediu que se tirasse um extrato da conta. Ao receber o documento, ligou para Palocci para contar sobre a movimentação bancária. Mattoso disse à PF que entregou o extrato na casa de Palocci “dentro de um envelope”.
O presidente da Caixa foi indiciado por violação de sigilo funcional. A pena para esse tipo de crime varia de seis meses a dois anos de detenção. O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Carneiro Gomes, classificou o depoimento de Mattoso como “corajoso, mas de alguém que estava arrasado”.
Esse extrato, publicado pela revista Época, mostrou que a conta poupança do caseiro na Caixa recebeu R$ 25 mil em depósitos de janeiro até agora. Francenildo justificou a movimentação como um montante dado por seu país biológico para comprar uma casa.
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