A Argeplan, empresa do coronel João Baptista Lima Filho, amigo de longa data do presidente Michel Temer (MDB), realizou pagamentos da ordem de R$ 950 mil em dinheiro vivo a um dos fornecedores da obra na casa de Maristela Temer, filha do emedebista. O dinheiro teria sido pago diretamente na sede da empresa do coronel. A Polícia Federal (PF) investiga se Temer lavou dinheiro de propina com a reforma na casa da filha e em outros imóveis da família obra.
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O jornal Folha de S. Paulo teve acesso ao depoimento de Luiz Eduardo Visani, que afirmou à PF ter recebido a quantia em parcelas mensais, entre novembro de 2013 e março de 2015. O depoimento faz parte do inquérito que investiga o decreto dos portos, que investiga se Temer recebeu propinas de empresas do setor portuário.
Em seu depoimento, Visani afirmou ter sugerido que os pagamentos fossem feitos por uma conta bancária de sua empresa. A arquiteta Maria Rita Fratezi, esposa do coronel, então informou a ele que os pagamentos seriam feitos na sede da Argeplan e em dinheiro vivo. Visani é o segundo fornecedor que afirma ter recebido dinheiro em espécie.
PublicidadeEle também disse à PF que as conversas sobre a obra sempre foram com Maria Rita e que nunca conversou com a filha de Temer sobre valores ou execução do contrato da obra. A empresa de Visani foi responsável por alterações na área externa da casa, acréscimo de dois terraços e reforma do telhado da casa.
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