Mário Coelho
A bancada do PSDB na Câmara, formada por 53 deputados, referendou nesta quarta-feira (26) o nome de Duarte Nogueira (SP) para a liderança do partido em 2011. Em reunião em Brasília, os parlamentares também escolheram Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) para líder da Minoria e Eduardo Gomes (PSDB-TO) como candidato à primeira vice-presidência.
O deputado federal reeleito Duarte Nogueira tem 46 anos e atua desde 2008 como um dos vice-líderes do partido. Agrônomo por formação, Nogueira foi eleito deputado estadual em São Paulo pela primeira vez em 1994, onde cumpriu três mandatos consecutivos. Nogueira também foi vice-líder do governador Mário Covas (2000 a 2001), secretário de Habitação, respondeu pela liderança do governo Geraldo Alckmin e entre 2003 e 2006 foi secretário de Agricultura.
Duarte Nogueira substitui o deputado João Almeida (BA), que não foi reeleito para a próxima legislatura, que começa no dia 1º de fevereiro. Ao assumir a liderança do partido, o tucano de São Paulo vai ter que lidar, também, com um racha na oposição. O DEM, principal aliado do PSDB e segunda maior bancada oposicionista, briga para chegar a um consenso de quem será o líder demista neste ano.
Em entrevista coletiva concedida após a reunião dos tucanos, Nogueira disse que vai defender o salário mínimo de R$ 600, valor proposto pelo candidato derrotado à presidência da República pelo PSDB, o ex-governador de São Paulo José Serra. O tucano afirmou, no entanto, que o partido ainda não deliberou sobre a postura oficial na questão. “Nós sustentamos os R$ 600 com base no fato de que a expectativa de receita da Previdência Social para esse ano está subestimada em 10%”, disse Nogueira. Ele disse que a União tem uma margem de cerca de R$ 17,8 bilhões para suportar o novo salário.
Nogueira afirmou também que o PSDB vai apoiar a candidatura do atual vice-presidente Marco Maia (PT-RS) à presidência da Câmara. A bancada decidiu assumir o compromisso, segundo o tucano, de fazer o que chamou de uma oposição “consistente, organizada e propositiva”. Segundo o acordo firmado pelo ex-líder do PSDB deputado João Almeida (BA), o apoio à candidatura do petista teria como base o princípio da proporcionalidade, por meio do qual o PSDB teria o direto de indicar o primeiro secretário.
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