O prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), afirmou nesta terça (23), ao chegar para o almoço promovido pelo banco Itaú em Davos, na Suíça, que o melhor seria que Lula fosse derrotado nas urnas na eleição presidencial deste ano. O tucano, que já foi cotado para concorrer à Presidência e cujo nome é atualmente ventilado para o Palácio dos Bandeirantes, afirmou que acredita na condenação do ex-presidente, mas que politicamente é melhor que o petista seja vencido na disputa eleitoral. “Acredito na condenação e na punição do presidente Lula, mas, politicamente, o ideal seria ele ser candidato e derrotá-lo nas eleições de outubro para enterrarmos o mito Lula e aprisionarmos o Luiz Inácio”.
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De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, além de comentar o impacto do julgamento de Lula nas eleições presidenciais, Doria negou ter ido a Davos como pré-candidato ao Planalto ou ao governo de São Paulo, mas como prefeito.
O prefeito paulistano, crítico ferrenho do PT, também afirmou que a eventual condenação do principal líder petista dificultará o “discurso de salvação do Brasil, de éticas, de princípios e de gestão” do partido. Doria acrescentou ainda que acredita que Lula seguirá com a candidatura usando “dos subterfúgios que a legislatura brasileira confere”.
Em julho, Doria causou desconforto no PSDB ao gravar um vídeo, divulgado em suas redes sociais, comemorando a condenação de Lula. Ao afirmar que “a justiça foi feita” em seu vídeo, o tucano foi alvo de críticas de correligionários, incluindo o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, que afirmou que o prefeito foi o único a se regozijar com a condenação do ex-presidente. “Há respeito pela história dele [Lula]. Isso nos entristece. Só o João Doria se regozijou. Esse é um papel de alguém que precisa de forma obsessiva estar nas manchetes. Parece um papagaio falando”, afirmou Goldman à época.
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