O bloco partidário articulado pelo PT-PMDB para sustentar a candidatura do petista Arlindo Chinaglia (SP) à presidência da Câmara não agradou partidos da base de sustentação do governo, além das legendas de oposição.
De acordo com a Folha Online, aliados do presidente Lula acusaram o PT de procurar partidos de centro-direita (PR, PTB e PP) para garantir seus interesses na Câmara.
"O presidente Lula disse que queria um eixo de centro-esquerda no seu governo. Nós levamos isso a sério. O PT não fez eixo de centro-esquerda, mas de centro-direita", criticou o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice-líder do governo na Câmara.
O parlamentar gaúcho acredita que, após a distribuição dos cargos na mesa diretora e a eleição dos candidatos à presidência, o bloco de apoio a Chinaglia será desfeito. "O nosso bloco não é casuístico, como os outros dois. Esses blocos são circunstanciais", disse.
Para o deputado Rodrigo Maia (RJ), o líder do PFL na Câmara, o governo usou estratégia para acomodar aliados na mesa diretora na tentativa de eleger o candidato petista.
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"Eles acomodaram os seus aliados, os que darão sustentação ao governo. Eles deixaram aliança de esquerda e partiram para o centro-direita", afirmou o pefelista.
O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), negou qualquer acordo para acomodar aliados na mesa diretora. "É mais um passo no respeito à proporcionalidade. A bancada do PT comporta dois lugares na Mesa. Trabalhamos para garantir a proporcionalidade", declarou.
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