Rodolfo Torres
O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), acaba de publicar em seu perfil no Twitter que a bancada do partido decidiu pelo afastamento imediato do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
“A bancada do DEM decidiu agora, por unanimidade, pelo afastamento do presidente Sarney”, escreveu Agripino. No mês passado, o partido decidiu apoiar o afastamento de Sarney até que as denúncias contra ele fossem investigadas.
O partido oposicionista teve uma posição mais branda do que o PSDB, que chegou a representar três vezes contra Sarney no Conselho de Ética. O Democratas apoiará os 11 pedidos de investigação contra o peemedebista, mas não apresentará mais nenhuma representação contra o presidente da Casa.
A assessoria de Agripino afirmou ao Congresso em Foco que o partido já conta com número suficiente de assinaturas para recorrer de um eventual arquivamento das representações contra Sarney no Conselho de Ética. O colegiado se reunirá amanhã para tratar do assunto.
Unindo forças
Reunidos no gabinete do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), senadores que defendem o afastamento de Sarney decidiram no início da tarde que vão elevar o tom contra a tropa de choque do presidente da Casa.
O grupo avaliou os efeitos da agressiva sessão dessa segunda-feira (3), na qual o senador Pedro Simon (PMDB-RS), crítico declarado de Sarney, foi atacado pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e pelo senador Fernando Collor (PTB-AL). Os parlamentares alagoanos defendem a permanência de Sarney.
Por sua vez, o presidente do Senado deve fazer um pronunciamento nesta tarde reforçando a sua posição de permanecer no comando do Legislativo brasileiro.
Enquanto isso, o senador Jarbas Vasconcelos (PE), outro dissidente do PMDB, voltou a defender nesta terça-feira (4) a saída de Sarney da presidência do Senado. De acordo com o parlamentar pernambucano, “é preciso parar as votações” na Casa até que José Sarney deixe a presidência.
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