O delegado seccional de Ribeirão Preto, Benedito Antonio Valencise, declarou ter indícios de que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, estava envolvido no suposto esquema de fraudes de limpeza pública na Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) com a empresa Leão Leão.
Na última sexta-feira, a CPI dos Bingos aprovou a convocação do delegado Valecinse. Ele deverá depor nesta quinta-feira (09). Na ocasião, o delegado dará detalhes do possível envolvimento do ministro no esquema de fraudes. “Lá não posso ocultar nada. Vou falar mesmo. Só a verdade”, afirma Valencise, para depois adiantar: “Eu não vou dizer em termos de ministro, porque não tenho nada a ver com ministro. Em termos dos governantes da época (na prefeitura de Ribeirão Preto), realmente há, segundo os depoimentos, o envolvimento. É o que consta no inquérito policial”.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo , o delegado seccional de Ribeirão Preto não deu detalhes das provas que tem, mas disse que o segundo depoimento do ex-secretário de Governo de Palocci de 1993 a 1994, Rogério Buratti, é uma delas. Em fevereiro deste ano, Buratti isentou a ex-superintendente do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) Isabel Bordini e apontou Palocci como único respomnsável.
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“A leão tratava diretamente com o prefeito, e, muitas vezes antes ede liberar as mediações, ela (Isabel) dizia que ia confirmar se o valor estava correto com o prefeito. (…)Isabel Bordini obedecia as ordens do prefeito Palocci e, depois, às do prefeito (petista Gilberto) Maggioni”, disse Buratti em depoimento a Valencise
Por ter foro privilegiado, o ministro Palocci não pode ser indiciado pela Polícia Civil. Sua participação deve ser relatada para a Justiça local no inquérito, que encaminha o processo para o STF.
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