A apuração dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo mostra ainda que Aécio Neves (PSDB-MG), principal nome da oposição, e candidato derrotado nas eleições de 2014 para presidência da República, também foi citado por Delcídio. O presidente do PSDB já havia aparecido também nos depoimentos do doleiro Alberto Yousseff e do transportador de valores Carlos Alexandre Rocha, o Ceará. Na ocasião, porém, ambos processos contra o tucano foram arquivados.
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Todos os parlamentares citados por Delcídio negam envolvimento com as denúncias. Renan Calheiros disse ao O Globo que “nunca autorizou, credenciou ou consentiu que seu nome fosse utilizado por terceiros”. Já Aécio Neves, por meio de sua assessoria, disse que só vai se manifestar quando tiver informações mais concretas.
Romero Jucá disse que não comenta citações em documentos aos quais não tem acesso e Raupp criticou a forma como vêm sendo conduzidas as delações na Lava Jato, alertando que seu contato com Delcídio “nunca passou da relação no Congresso”.
O advogado de Edison Lobão, Antonio Carlos de Almeida Castro, admitiu que conhecia a citação, mas reiterou que “as citações não o incriminam” porque imputam conversas sobre campanhas eleitorais.
O acordo de delação de Delcídio ainda precisa ser homologado pelo ministro relator da Lava Jato no STF, Teori Zavaski. Os trechos da delação do senador aos quais os jornais tiveram acesso foram relatados durante o tempo em que o petista esteve preso preventivamente em Brasília.
O senador foi acusado de tentar obstruir as investigações da Lava Jato e deixou a prisão no último dia 19 de fevereiro, depois de passar 87 dias encarcerado.
O advogado de Delcídio, Antonio Figueiredo Basto, nega o conteúdo da delação. Segundo ele “não há citação a nenhum senador”. O advogado afirma ainda que não conhece nenhum documento que está sendo divulgado e acusa-os de serem falsificados, de origem desconhecida e manipuladora.
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