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Para ele, setores da oposição fazem “jogo político” ao tentar envolver Dilma nas denúncias. O objetivo, segundo ele, é promover um “terceiro turno” eleitoral com o discurso em defesa do impeachment da petista.
“Não há nenhum fato, absolutamente nenhum fato, que demonstre, que indique ou que gere indícios de que a presidente da República tenha qualquer envolvimento nesses fatos seja de maneira dolosa (intencional), seja de maneira culposa. A presidente, em relação a esses fatos, tem tido uma postura muito dura e rigorosa de que quer que tudo seja apurado. Envolvimento dela? Absolutamente nenhum”, disse Cardozo ao Globo.
Segundo o ministro, o governo quer que se apure tudo, independentemente da cor partidária daqueles que porventura praticaram atos ilícitos. “Pouco importa se são petistas, se são tucanos do período que antecede 2002, pouco importa se da base governista ou se são de outros partidos de oposição”, declarou.
De acordo com ele, a corrupção não aumentou nos governos Lula e Dilma, mas se tornou mais evidente por causa da autonomia da Polícia Federal e do Ministério Público, que passaram a investigar e denunciar as irregularidades. “Quantas coisas foram engavetadas naquele período? Quantos escândalos aconteceram? Tivessem sido investigadas como investigamos, seguramente grande desconforto teria aparecido em grande intensidade. Acho que o tempo coloca os fatos no seu devido lugar”, disse o ministro na entrevista ao jornal carioca, em alusão ao governo tucano de FHC.
José Eduardo Cardozo evitou fazer comentários sobre os resultados das investigações e disse não saber quais políticos estão envolvidos nas denúncias da Lava Jato. O petista afirmou que só tem conhecimento das denúncias publicadas na imprensa. “A julgar que foram corretas as matérias que saíram na imprensa, há partidos da oposição, líderes da oposição e presidente de partidos da oposição que também estariam envolvidos nessa situação. Também não sei se é verdade, mentira, se está no termo ou não, se os fatos correspondem à verdade ou não. Acho preferível aguardar que venha a público e não tecer considerações”, afirmou.
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