Nos 16 maiores aeroportos do Brasil, as taxas de cancelamento de voos nacionais e internacionais saltaram de uma média diária de 4%, nos primeiros dias de março, para 93% até o fim de março.
O enorme aumento da taxa de viagens canceladas é consequência do cenário de crise na saúde pública devido à Covid-19, que faz com que passageiros cancelem viagens e, consequentemente, as empresas cancelem os voos.
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O segmento voltado ao Turismo é apontado como o que terá o processo mais longo de recuperação. A projeção é de 300 mil desempregados no setor.
Prejuízos
Segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor de turismo acumula perdas de R$ 62,5 bilhões desde o início da pandemia do novo coronavírus, em 11 de março.
O isolamento social e o fechamento das fronteiras em diversos países impactaram o setor.
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“Existe uma grande correlação entre o fluxo de passageiros, que caiu drasticamente no país, e a geração de receitas no Turismo. O cenário para o setor, que já era bem negativo há dois meses, se agravou nas semanas seguintes, alcançando uma paralisia quase completa nos dois últimos meses, a ponto de praticamente triplicarem-se os prejuízos no período”, explica o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Rio de Janeiro (R$ 8,86 bilhões) e São Paulo (R$ 22,60 bilhões), principais focos da covid-19 no Brasil, concentram mais da metade do prejuízo nacional.
Queda histórica
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de março de 2020, divulgada nesta terça-feira (12/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou encolhimento recorde.
Os serviços de alojamento e alimentação (-33,7%), atividades típicas do turismo, foram os que mais sentiram os efeitos iniciais da crise provocada pelo coronavírus.
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