A Procuradoria de Zurique, na Suíça, enviou comunicado à imprensa hoje confirmando que a brasileira Paula Oliveira, de 26 anos, confessou ter forjado os mais de 100 cortes e o aborto de bebês gêmeos. A brasileira denunciou, no último dia 9 deste mês, que havia sido atacada por três homens, que aparentavam ser ligados a grupos neonazistas.
Já ontem (18) Paula foi indiciada por falso testemunho. A pena máxima para o crime na Suíça é de três anos, mas o advogado da brasileira descarta a possibilidade de reclusão. A pena alternativa seria o pagamento de multa. A polícia de Zurique agora quer saber se a advogada premeditou a farsa e se contou com a ajuda de cúmplices.
Constrangimento
Em reportagem publicada ontem o Congresso em Foco mostrou que as autoridades políticas do Brasil que se envolveram diretamente com o caso já demonstravam constrangimento diante dos desdobramentos das investigações. O deputado federal Marcondes Gadelha (PSB-PB), que acompanhou o drama envolvendo a brasileira como presidente da Comissão de Relações Exteriores pediu, ontem, desculpas à polícia suíça por ter dito, inicialmente, que esta estava tratando a denúncia com desinteresse.
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O Itamaraty mantém o posicionamento de auxiliar a defesa da advogada brasileira no exterior. “Em ambos os casos, ela é vítima. Ou de um ataque, ou de um distúrbio mental grave”, opinou ontem o deputado Marcondes Gadelha.
Paula vive legalmente na Suíça e trabalha como advogada em uma empresa de grande porte. No entanto, as investigações, segundo publicações daquele país, apontam para um golpe financeiro como motivação de toda a farsa. (Daniela Lima)
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