Cento e quarenta e cinco deputados assinaram a lista que solicita a criação de uma CPI Mista, composta por senadores e deputados, que vai investigar a máfia das obras públicas e os demais desdobramentos da Operação Navalha. Até às 18h, esse era o balanço feito pelos deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Augusto Carvalho (PPS-DF), que recolhem as assinaturas. No Senado, a lista já superou o número mínimo para instalar a comissão (27), contando com o apoio de 29 senadores.
“O ritmo esta semana está mais lento”, diz Júlio Delgado. Segundo o parlamentar, três deputados retiraram o nome. Na semana passada, quando começou a coleta, chegou a ser anunciado o apoio de 166 deputados. Mas, depois de conferida a lista, verificou-se a duplicidade de nomes.
Ainda faltam 26 deputados para que a lista chegue a 171 assinaturas, número exigido pelo regimento – um terço da composição da Câmara. Segundo Delgado e Augusto Carvalho, há uma pressão para que quem ainda não assinou a lista mantenha o nome fora dela. (Lucas Ferraz)
Leia também
Leia também
Câmara aprova emendas ao Fundeb
A Câmara aprovou hoje (29) sete emendas do Senado ao projeto de lei de conversão à medida provisória 339/06, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A deputada Fátima Bezerra (PT-RN) recomendou a aprovação de seis emendas sugeridas pelos senadores.
O deputado Paulo Renato Souza (PSDB-SP), ministro da Educação no governo Fernando Henrique Cardoso, afirmou que o Fundeb “tem um problema básico de exceções de objetivos para uma escassez de recursos”. “O cobertor é curto”, declarou. “O dinheiro para o Fundeb não é despesa, não é gasto. É investimento para as futuras gerações”, afirmou o deputado Pompeu de Mattos (PDT-RS).
Emendas
Uma das emendas elaboradas pelos senadores aumenta de 10% para 15% o máximo de recursos do Fundeb que poderão ser usados na educação de jovens e adultos. Outra fixa índices mínimos para a educação infantil no segundo ano de vigência do fundo.
A única emenda que recebeu parecer contrário da relatora, mas que foi aprovada em votação nominal, foi a emenda de número sete. Ela permite que os estados e municípios utilizem todos os recursos alocados no Fundeb e no Fundef no cálculo da Receita Líquida Real (RLR), que é utilizada para medir a capacidade de endividamento dos estados.
Foi, portanto, uma derrota para o governo, já que, com a aprovação da medida provisória com a emenda sete, a União deixará de arrecadar, segundo estimativas, R$ 1,5 bilhão por ano. (Lucas Ferraz e Rodolfo Torres)
Deixe um comentário