Wylerson Moreira da Costa, assessor do deputado Lino Rossi (PP-MT), prestou depoimento hoje (5) de manhã no Conselho de Ética do Senado para esclarecer dúvidas sobre o caso contra o senador Magno Malta (PL-ES), um dos três senadores denunciados no relatório parcial da CPI dos Sanguessugas.
O relator do processo disciplinar, senador Demóstenes Torres (PFL-GO), questionou Wylerson sobre o envolvimento dele na aquisição do veículo Fiat Ducato, que teria sido um presente da família Vedoin, responsável pela máfia das ambulâncias, em troca de emendas do senador. O assessor confirmou que o veículo foi dado pela Planam, em janeiro de 2002, para ajudar o deputado com a campanha.
De acordo com Wylerson, o veículo foi utilizado na campanha de 2002 e depois de terminado o período eleitoral, o carro foi vendido para Valcir José Piran. "O deputado me disse que vendeu porque precisava de dinheiro para cobrir os gastos da campanha", disse.
Conforme o depoimento, quatro ou cinco meses depois, Lino Rossi pegou de volta o Fiat Ducato. Então, em abril de 2003, o veículo foi emprestado para Magno.
Nesse momento, entretanto, Wylerson foi interrompido pelo relator que achou estranho o depoente lembrar tão bem da data. "O senhor sabe ou leu nos jornais essa data? Afinal, o senhor não deve saber nem o que comeu no almoço", ironizou.
Leia também
Seguindo com as declarações, Wylerson disse que no final de 2005, entre agosto e setembro, o senador devolveu o carro. (Renaro Cardozo)
Deixe um comentário