O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), conseguiu reverter no plenário da Assembleia Legislativa a rejeição de suas contas relativas ao ano de 2013. As contas de Casagrande, que haviam sido rejeitadas pela Comissão de Finanças, foram aprovadas com ressalvas. Na prática, a decisão libera o governador de eventuais complicações, como a suspensão dos direitos políticos e o indeferimento de sua candidatura com base na Lei da Ficha Limpa.
Há duas semanas, a Comissão de Finanças rejeitou as contas do governador que já haviam sido aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Ministério Público, alegando que o Executivo estadual havia descumprido metas fiscais. O superávit pretendido não havia sido atingido. Casagrande, então, acusou o seu sucessor, Paulo Hartung (PMDB), de patrocinar uma manobra política na Assembleia com o objetivo de acabar com sua carreira política.
O parecer da Comissão de Finanças teve sua votação adiada três vezes na semana passada. Ontem (22), uma emenda foi incluída para permitir que as contas fossem aprovadas com ressalvas. O texto acabou aprovado por 27 votos a um. Um dos articuladores da emenda, o deputado Rodrigo Coelho (PT) disse que a inserção das ressalvas foi o único caminho para impedir que as contas fossem rejeitas integralmente.
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“O governador eleito está tentando desconstruir meu governo”, disse Casagrande ao Congresso em Foco. Hartung se nega a comentar o caso.
O atual governador argumenta que o próprio Hartung, quando governou o estado, também descumpriu metas fiscais em três anos. O importante, segundo Casagrande, é a saúde financeira do estado, e não o cumprimento de meta fiscal. Para ele, trata-se “unicamente de perseguição política”.
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