Fábio Góis
Um brasileiro está entre os 24 religiosos da Igreja Católica a serem nomeados cardeais neste sábado (20) pelo Papa Bento 16. Em cerimônia na Basílica de São Pedro, no Vaticano, dom Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida (SP), receberá o título cardinalício simbolizado por um barrete vermelho (espécie de bastão ornamentado). Entre os novos cardeais, 15 são europeus, 2 latinos, 4 africanos, 2 norte-americanos e 1 asiático.
Depois de oficializado o rito, Raymundo, que também é presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano, estará apto a exercer a função que é similar à de ministro de Estado no catolicismo. Amanhã (domingo, 21), a segunda e última etapa da promoção será simbolizada com a entrega de um anel.
Esse é o terceiro “consistório” realizado por Bento 16 na condição de sumo pontífice – o termo é dado às celebrações de promoção de artífices da Cúria Romana. Dos novos cardeais (quatro têm mais de 80 anos), 20 terão direito a voto em caso de conclave – reunião de autoridades da Igreja que escolhem o futuro pontífice em uma eventual sucessão (apenas em caso de morte). Agora, são 121 os cardeais com a prerrogativa, que exige idade inferior a 80 anos.
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Participam da solenidade mais de cem cardeais, trajados de vermelho segundo a liturgia, que é celebrada com acompanhamento musical do coral da Capela Sistina. Para o Papa Bento 16, os chamados “príncipes da Igreja” terão papel essencial na condição integrantes do coetus peculiaris – designação para o restrito rol de religiosos com funções especiais junto ao pontífice.
Ontem (sexta, 19), a Cúria Romana enviou para todos os bispos católicos do mundo carta com um programa de ações contra a pedofilia, prática criminosa que abalou a credibilidade da Igreja Católica nos últimos anos, em diversas países.
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