Os advogados americanos Mike Edison e Manuel Von Ribbeck, que representam as vítimas do acidente com o Boeing 737-800 da Gol, ocorrido no dia 29 de setembro, ingressarão amanhã (6) na corte de Chicago (EUA) com o primeiro processo em favor das famílias.
Inicialmente, as ações serão movidas contra a Boeing, empresa responsável pela fabricação do avião; a Honeywell, empresa responsável pelo desenvolvimento das antenas anticolisão (TCAS, sigla em inglês) das duas aeronaves envolvidas no desastre; e a ExcelAire, proprietária do jato Legacy.
Além do processo, os advogados também iniciarão uma investigação paralela sobre as causas do acidente aéreo. "Vamos usar todos os dados disponíveis, desde o conteúdo das caixas-pretas dos dois aviões até os registros de satélite", diz Ribbeck. O advogado considera que o registro de voz da caixa-preta do Legacy e os depoimentos dos pilotos americanos, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, são peças fundamentais no processo.
"Se ficar comprovado que o alarme anticolisão do jato não soou antes do acidente, por exemplo, ficará mais fácil provar que a fabricante do TCAS também é responsável pela tragédia", afirma o advogado americano.
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Apesar de ainda não ter incluído o controle de tráfego aéreo brasileiro entre os réus, o advogado adianta que poderá acioná-lo, de acordo com o andamento das investigações. "Ainda não está claro se os controladores de vôo contribuíram ou não para o choque", ressaltou.
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