Thomaz Pires
Dois pedidos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (DEM) foram protocolados nesta manhã na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Os requerimentos foram apresentados pelos advogados Evilásio Viana dos Santos e Anderson Siqueira, e pedem o afastamento imediato de Arruda com base nas imagens em que ele aparece recebendo um maço de dinheiro, além das denúncias de um esquema de pagamento de propina para secretários e deputados da base aliada.
Nesta quarta-feira (2), os deputados do Partido dos Trabalhadores devem formalizar um terceiro pedido de impeachment contra Arruda. Ao todo, são 24 parlamentares na Casa, sendo quatro petistas. Mas o governador ainda pode contar com fôlego e respaldo da maioria para barrar a aprovação cassação do mandato em plenário. A executiva do Psol no DF e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) também devem formalizar um pedido de impeachment ainda esta semana.
Por outro lado, a saída da base aliada do PPS, do PSB e do PDT pode mudar o cenário da Casa. O número de oposicionistas agora passa para pelo menos sete parlamentares. Mas ainda não há uma conta fechada de como ficaria o placar final caso o pedido de impeachment fosse acatado e votado pelo plenário.
A pressão para o impeachment de Arruda pode ficar ainda maior até o fim da semana. A OAB decide até esta quinta-feira (3) se formaliza mais um pedido na Câmara Legislativa contra o governador e o vice, Paulo Octávio. Ainda não há uma confirmação para o pedido da entidade, embora o presidente nacional do Conselho, Cezar Britto, e da seccional no DF, Estefânia Viveiros, já tenham sinalizado a intenção.
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