Inaugurada em 1960, Brasília não tem séculos de tradição e memória urbana como as icônicas Londres, Paris e Roma, mas os sinais de renovação são visíveis no espaço modernista idealizado por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Pouco a pouco, a cidade vai se revisitando e surgem novas propostas que assimilam as tendências de gastronomia e de receitas e drinques mais elaborados.
Os barmen correm atrás de bebidas que encantam o paladar. Muitos apostam que 2017 será o ano da mixologia, a arte de preparar coquetéis. Cresce na mídia o espaço de matérias jornalísticas sobre o tema, sinal que desperta interesse entre os leitores.
Deste ano já se disse muito sobre tendências para bebidas, ingredientes e misturas criativas. Para uns, 2017 será o ano do coquetel sem álcool, também chamado de mocktail. E um sinal de estabelecimento antenado com os novos tempos será oferecer no cardápio bebidas sem álcool.
O rum é um destilado que está em alta neste ano, e receitas com a bebida se reproduzem nos bares. Em muitas capitais da Europa o gim é o destilado com mais estrelas, mas o cenário é volátil.
Outra tendência forte em 2017 é a dos chefs abrirem seus próprios bares. A coluna já falou sobre esta união mais sólida entre o bar e a cozinha em São Paulo, como o bar do restaurante Jiquitaia; o Guarita, do chef Greigor Caisley e do barman Jean Ponce, e o bar Peppino, do chef Rodolfo de Santis, do Nino Cucina.
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Em Brasília também surgem propostas de bares descolados, antenados com receitas de drinques especiais e seguindo as tendências de sucesso em outras regiões famosas por seus bares boêmios.
No Plano Piloto, algumas superquadras começam a se firmar com a cena de bares animados, com gente na rua, superlotados. Há casas como o Mercadito (202 Sul), o Loca como tu madre (gastropub na 306 Sul), o Miau Que Mia (a casa já tem mais de um endereço com seus pratos econômicos, na 108 Sul e também no Jardim Botânico).
Há empreendimentos com destaque para a música, como o gastrobar Nola, na 408 Norte, que traz para Brasília música e cardápio inspirados em Nova Orleans (EUA), berço do jazz. A proposta é a união entre música, gastronomia e coquetelaria.
Há muitas outras casas que seguem conceitos interessantes, como o IVV Swine Bar, bar e clube de vinhos, com petiscos deliciosos; London Street (214 Norte), com vasta oferta de rótulos de cerveja e o Tabuada -Tábuas & Drinks (Sudoeste, CLSW 101). Há também o consagrado Dudu Bar (na 303 Sul e no Lago Sul, na QI 11).
Com muitos outros endereços de sucesso de público e de drinques, dá para ir explorando aos poucos o potencial da boemia local. Este ano, dizem os que acompanham a cena noturna de perto, irão surgir “categorias de bares”, com propostas diversificadas e focadas em nicho. Em São Paulo, um tipo de bar que tem se reproduzido bastante é o izakaya, o boteco japonês, que com oferta farta de saquês e petiscos típicos.
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