O deputado também foi um dos temas na conversa da presidenta com o seu vice na tentativa de conter a crise com o PMDB. Temer desautorizou o líder da bancada na Câmara a falar em nome do partido. Ele ressaltou que é a convenção partidária que vai decidir pela manutenção do apoio à reeleição de Dilma, e não “A ou B”. A presidenta recebe grupos do PMDB da Câmara e do Senado na manhã desta segunda-feira (10).
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“Está certo o Michel (Temer) quando fala que é a convenção que decide apoio, aliás falei isso aqui no Twitter, só que os deputados têm opinião e voto”, disse o parlamentar fluminense.
Eduardo Cunha convocou reunião da bancada na Câmara para amanhã (11) com o objetivo de “rediscutir” a aliança com o governo Dilma. “Enganam-se os que acham que me comportarei diferente do que a bancada quer. Terça-feira debateremos”, escreveu o deputado.
De acordo com relato de Temer, Dilma reclamou das declarações de Cunha e avisou que pretende indicar um peemedebista para o Ministério do Turismo – o mais cotado é o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) –, mesmo que não haja aval do partido. “Como é engraçado, sou gratuitamente agredido pelo PT, reajo e aí eu viro o culpado; eles a vítima”, retrucou o líder do PMDB na Câmara. “A bancada já decidiu, nomeiem quem quiserem para os cargos, que não queremos”, acrescentou.
Deputados ligados a Eduardo Cunha se movimentam para tentar derrubar o projeto de lei que institui o marco civil da internet, uma das prioridades de Dilma neste começo de ano. O grupo também ameaça apoiar pedido do DEM para que a Câmara crie uma comissão externa com o objetivo de apurar denúncias contra a Petrobras. Este é o primeiro item da pauta da Casa nesta semana. Nas comissões, há cinco requerimentos de convocação de ministros.
Enquanto Dilma se reúne com lideranças do PMDB, como Renan Calheiros (AL) e Henrique Eduardo Alves (RN), Eduardo Cunha dá palestra na Escola de Comando do Estado Maior do Exército, no Rio.
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