O Republicanos está otimista e espera ter confirmado no fim deste mês o deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) como presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. A CCJ está indefinida dado o racha que pode diminuir pela metade a bancada do PSL, partido que inicialmente comandaria a comissão em 2020.
O líder do PSL na Câmara, Eduardo Bolsonaro (SP), confirmou o cenário nesta terça-feira (4). “Existe um acordo em que o presidente [da CCJ] virá muito provavelmente do PRB [antigo nome do Republicanos]”.
“Está todo mundo tentando, o PDT, PSL e o MDB também, mas pelo que eu tenho visto o Republicanos está com o acordo mais fechado”, disse o vice-líder do partido João Roma (BA) ao site.
Ele também citou uma reunião feita semana passada entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente nacional do Republicanos e vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (SP).
PSL diz que acordo foi para comandar a CCJ por dois anos
O vice-presidente do PSL, deputado Júnior Bozzella (SP), da ala bivarista, demonstrou interesse do partido em continuar no comando da CCJ em 2020.
Leia também
Ele disse que ao apoiar a reeleição de Rodrigo Maia para presidente da Câmara em 2019 o prometido foi que o PSL ficasse no comando da CCJ durante os dois anos de mandato dele.
Para o deputado não foi estabelecida a ideia dos partidos se revezarem no comando da comissão
“É um direito dos outros partidos quererem cobrar, mas há um acordo firmado inicialmente com o PSL. Os outros quererem participar… Não foi sentado em uma mesa lá atrás na hora de fechar acordo com o Rodrigo o Republicanos e o PSL combinado isso: agora o Republicanos que assume a CCJ”, disse.
E completou: “se quiser mudar vai ter que conversar com todo mundo novamente, um na frente do outro e ver qual caminho que vai ser traçado, a estratégia que vai ser decidida”.
> Presidente do PSL anuncia apoio do partido à reeleição de Rodrigo Maia na Câmara
Sem Bia Kicis
Acordo interno construído pelo partido no início de 2019 previa que a deputada Bia Kicis (PSL-DF) substituísse Felipe Francischini (PSL-PR) no comando da CCJ em 2020.
No entanto, a deputada faz parte da ala que vai sair do PSL para o Aliança pelo Brasil. “Se a CCJ for ficar com o PSL não faz sentido deputados que nem vão estar mais no PSL, que estão se armando para mudar de partido assim que tiver o registro consolidado do novo partido, ocuparem vagas em comissões que não é do partido deles”, disse Bozzella.
> Presidente da CCJ diz que Congresso só aprova segunda instância em 2020
Colaborou Erick Mota
As informações deste texto foram publicadas antes no Congresso em Foco Premium, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com comercial@congressoemfoco.com.br.
Deixe um comentário