O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, declarou que o fato do novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ser réu na Justiça é algo que “até no plano internacional não é o melhor quadro”. Uma decisão do STF de 2016 impede a ocupação da Presidência da República pelo chefe do Legislativo que seja réu.
“Eu falo em geral, abstrato. Pelo princípio da moralidade, eu entendo que os partícipes da vida pública brasileira devem ter ficha limpa. Sou muito exigente com relação aos requisitos que um homem público deve cumprir para a assunção de cargos de relevância, como a substituição do presidente. Eu acho que, realmente, uma pessoa denunciada assumir a Presidência da República, seja ela qual for, é algo que até no plano internacional não é o melhor quadro para o Brasil”, disse o presidente do STF em entrevista publicada na edição deste domingo (7) do jornal Estado de São Paulo.
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Por ser réu, o atual presidente da Casa, que assumiria a Presidência da República na indisponibilidade do presidente Jair Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão, não pode assumir o Planalto. Na ausência de Bolsonaro e Mourão, quem assumirá o Poder Executivo será o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Depois dele, o próximo na linha sucessória presidencial é o presidente do STF, Luiz Fux.
De acordo com dados do Radar do Congresso, plataforma do Congresso em Foco que monitora a atividade legislativa, Arthur Lira responde a oito investigações. O deputado é réu em um desses inquéritos no STF, acusado de receber R$ 106 mil de propina do então presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Francisco Colombo.
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Publicidade“O impeachment é um processo político que o Supremo não pode nem se intrometer no mérito. Mas, em uma pós-pandemia, em que o País precisa se reerguer economicamente, atrair investidores e consolidar a nossa democracia, eu acho que seria um desastre para o País. O Brasil não aguenta três impeachments. O Brasil tem de ouvir o povo e o povo é ouvido através de seus representantes que estão no Parlamento. Acho que o impeachment seria desastroso”, afirmou.
Sobre o voto impresso, inciativa defendida por Bolsonaro desde quando era deputado federal, o presidente do STF disse ser contra e que representaria um gasto desnecessário para o Brasil.
“Não tenho a menor dúvida. Eu não acredito que ocorra 10% do que aconteceu nos Estados Unidos. Uma minoria inexpressiva não vai ter apoio. Absolutamente, não. Em conversas espontâneas, os generais têm uma posição muito firme de que a democracia brasileira não pode sofrer nenhum tipo de moléstia. Todos eles. Eu acho o voto impresso uma coisa muito antiquada, completamente desnecessária, porque as urnas são superseguras. E o voto impresso gera uma despesa bilionária para o Brasil. A palavra do Supremo está dada. Uma despesa bilionária, depois da decisão do Supremo, é inaceitável. Não tem sentido.”
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Culpa do próprio STF que PROIBIU a prisão em segunda instância para beneficiar o Lula!
Se o STF quisesse beneficiar o Lula, o barbudo não teria sido preso. Na total ausência de argumentos para defender esse desgoverno, evoca-se “mas o lula-peê-mi mi mi”… SEU PRESIDENTE FECHOU ACORDO COM A MESMA CORJA QUE TOMOU CONTA DO GOVERNO PETISTA. ACEITA QUE DÓI MENOS
Lamento te informar criançinha, mas sim, houve clara tentativa de beneficia-lo. a intensão era sim que ele não fosse preso desde o início.
ACEITA QUE DÓI MENOS!
Concordo com Fux, ser réu não é fator de aprovação para qualquer político, porém, até que se prove o contrário o réu continua inocente, e devemos lembrar que eles para favorecer o réu e condenado Luis Inácio, até conseguiram mantê-lo livre pois só pode ser preso depois do trânsito em julgado na 2ª instância, e ademais, tinhamos o Botafogo na presidência e não ouvi nada da parte deles, assim é a classe política brasileira, este no momento é o insumo político que temos, a qualidade ainda não está aceitável, depende do povo mudar isso aos poucos, não aos supremos.