A Polícia Federal realiza neste sábado (21) uma operação com o objetivo de desarticular uma organização criminosa dedicada à realização de pagamentos ilícitos e superfaturamentos de obras no sertão da Paraíba, que tem como um dos alvos o deputado federal Wilson Santiago (PTB-PB), que foi afastado do seu mandato.
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A ação, que recebeu o nome de operação Pés de Barro, foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, já que envolve uma pessoa com prerrogativa de foro privilegiado.
Ao todo, são 13 mandados de busca e apreensão nas residências e locais de trabalhos dos investigados, bem como quatro mandados de prisão preventiva e sete ordens de afastamento das funções públicas em João Pessoa (PB), Uiraúna (PB), Rio do Peixe (PB) e Brasília.
As investigações apuram pagamentos de propina no valor de R$ 1 ,2 milhão decorrentes do superfaturamento das obras de construção da Adutora Capivara, sistema adutor no sertão da Paraíba, e tiveram como base uma delação premiada acolhida por Celso de Mello, que está sob sigilo.
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Os investigados deverão responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, fraude licitatória e formação de organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão.
A operação foi batizada com esse nome em referência a um termo bíblico que serve para identificar, na vida pública, os falsos valores políticos, ou seja, os líderes carentes de méritos intrínsecos.
A história originária da expressão é de Nabucodonosor, antigo rei da Babilônia. Segundo a bíblia, ele teve um sonho interpretado pelo profeta Daniel no qual uma grande estátua de ouro, cobre e prata desmoronara por ter os pés de barro. O termo “pés de barro”, então, passou a designar as riquezas cuja base não se sustenta do ponto de vista moral.
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