Os dois são advogados, lideram seus partidos e estão entre os mais jovens no Senado e na Câmara, respectivamente. Guardam em comum o fato de não terem seus nomes associados a casos de corrupção. Filhos de políticos, também são conhecidos pela forma firme com que discursam e defendem suas ideias. Embora militem em campos ideológicos diferentes, desde ontem os dois têm algo mais em comum: a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) foram os grandes vencedores do Prêmio Congresso em Foco 2018.
Simone e Glauber foram os parlamentares mais bem avaliados pelo júri especializado, principal filtro da premiação. O anúncio do nome deles foi o ponto alto da festa de premiação, que reuniu mais de 400 convidados e dezenas de parlamentares no Porto Vittoria Espaço de Eventos, naquele evento que passou a ser chamado por vários premiados de “Oscar da política brasileira”.
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Além dos escolhidos pelo júri, também foram premiados os mais votados na consulta popular na internet e por jornalistas que cobrem o Congresso. Magno Malta (PR-ES) e Delegado Francischini (PSL-PR) foram escolhidos pelo público como o melhor senador e o melhor deputado. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Chico Alencar (Psol-RJ) foram os preferidos dos profissionais de imprensa.
Também foram premiados os parlamentares que, no entendimento do júri e do público na internet mais se destacaram nas categorias especiais: Combate à Corrupção e ao Crime Organizado; Combate à Redução das Desigualdades Sociais; Defesa da Agropecuária e Defesa da Advocacia Pública. O evento foi transmitido ao vivo pelo Congresso em Foco e suas redes sociais.
Tadeu Alencar é o melhor na Defesa da Advocacia Pública, aponta júri
Alvaro Dias é o destaque na Defesa da Advocacia Pública, segundo o público
Glauber e Simone não foram os únicos agraciados pelo júri. As senadoras Ana Amélia (PP-RS) e Regina Sousa (PT-PI) e os senadores Armando Monteiro (PTB-PE) e Paulo Paim (PT-RS) também foram classificados pelos jurados entre os melhores do Senado.
Outros nove deputados foram destacados como os melhores de 2018 pelos jurados: Alessandro Molon (PSB-RJ), Chico Alencar, Mara Gabrilli (PSDB-SP), Carmen Zanotto (PPS-SC), Tereza Cristina (DEM-MS), Benedita da Silva (PT-RJ), Orlando Silva (PCdoB-SP), Pauderney Avelino (DEM-AM) e Daniel Vilela (MDB-GO). No ranking do júri, com exceção dos que foram alçados ao primeiro lugar, não houve distinção de ordem de classificação para os demais.
Francischini, o destaque no Combate à Corrupção, segundo a internet
Molon ganha no Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, de acordo com júri
Simone
Advogada, professora universitária e doutoranda em Direito Constitucional, Simone foi prefeita duas vezes de Três Lagoas e vice-governadora de Mato Grosso do Sul antes de chegar ao Senado, em 2014. Também trabalhou como assessora jurídica da Assembleia Legislativa do estado. Aos 48 anos, tem atuação voltada para a pauta municipalista e o combate à violência contra a mulher.
Em seu discurso de agradecimento, Simone fez um apelo aos colegas: “Aqui vai aos meus colegas do Congresso Nacional: após a eleição, vencido o candidato ou candidata, é hora de repensar nosso papel na democracia brasileira”. “Aos amigos e amigas congressistas: há muito o que fazer e é preciso resgatar a credibilidade das instituições políticas”, ressaltou.
Ganhou projeção nas discussões jurídicas do processo de impeachment de Dilma, no qual votou pela saída da petista. É filha do ex-presidente do Senado Ramez Tebet, falecido em 2006.
Tereza Cristina, a principal defensora da agropecuária, de acordo com o júri
Caiado, o destaque na Defesa da Agropecuária, segundo a internet
Filho da ex-prefeita de Nova Friburgo (RJ) Saudade Braga, Glauber foi secretário municipal da cidade e dirigente estadual do PSB, partido pelo qual chegou à Câmara em 2009 e de que se desligou em 2015 após divergências internas. Filiado desde então ao Psol, é o atual líder da bancada. Atua principalmente nas áreas da educação e de políticas para juventude. Destacou-se como opositor do então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente preso.
“Eduardo Cunha, você é um gangster. O que dá sustentação à sua cadeira cheira a enxofre. Eu voto por aqueles que nunca escolheram o lado fácil da história”, discursou na votação do impeachment, olhando para o então presidente da Câmara.
Ao receber o prêmio principal nessa segunda-feira, Glauber agradeceu à bancada do Psol e ao partido. “Quero agradecer minha equipe de trabalho, que se esforça incansavelmente”. Ele também fez crítica a atuação de alguns colegas de Câmara. “Não aceitaremos como fato consumado ampliação do estado de exceção e desmonte do Estado brasileiro. 2019 vai ser diferente de 2018. Fora, Temer!”, encerrou o deputado.
Patrus Ananias, o vencedor na redução da desigualdade social, segundo júri
Magno Malta ganha na Redução da Desigualdade Social, pela internet
O júri
Responsável pelo principal filtro de escolha dos melhores parlamentares, o júri foi formado por cidadãos que, por dever profissional ou de modo voluntário, acompanham regularmente as atividades do Congresso Nacional, gozam de boa reputação, reúnem as necessárias qualificações intelectuais, não estão trabalham em gabinetes parlamentares nem mantêm vínculos empregatícios com partidos políticos, conforme determina o regulamento.
Integraram o júri este ano a consultora empresarial Anna Paula Losi, o analista político Antônio Augusto de Queiroz, a professora e pesquisadora Marisa Von Bülow, o jornalista Sylvio Costa e o líder ativista Tom Barros (saiba mais sobre cada um dos jurados).
Os jurados levaram em conta critérios como a assiduidade em sessões deliberativas, a participação nos debates do Parlamento, o desempenho na apresentação de propostas legislativas, a capacidade de articulação política e os compromissos no combate à corrupção e ao desperdício de recursos públicos e na defesa da democracia e do desenvolvimento sustentável.
Criado para valorizar a atividade política e o papel do Legislativo no que eles têm de mais nobre e útil à sociedade, o prêmio combate a imagem de que todos os políticos são iguais. Também procura destacar a necessidade de valorizar os bons exemplos para melhorar a qualidade de um Parlamento tão pródigo em produzir vexames.
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Nós aqui no Rio de Janeiro conhecemos bem o “trabalho” do eleito e seus “projetos” como, por exemplo, o salário para presidiários. É uma grande surpresa vê-lo receber um prêmio ! Como eu sempre digo, se é de esquerda, é criminoso e/ou vagabundo.
Ainda bem que tem a votação do júri e de jornalistas para dar credibilidade ao Prêmio, porque a votação pública infelizmente é movida por bots e senso comum. Parabéns ao Glauber e à Simone!
Senso comum parece que vc parece nao tem nenhum… o povo acordou, meu caro!!! Voto de jornalista tem tanto crédito quanto as palavras do presidiário mais honesto do Brasil… acorde vc tambem!!!!
Só pra avisar, senso comum não é sinônimo de bom senso. Pessoas como você tem muito de um e pouco de outro, adivinha o que falta?
Bots kkkkkk, entao eu sou mais um dos bots? Eu votei nos conservadores. Sem choro
Você é do time de senso comum mesmo 🙂