Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, após longos anos de estudos e do exercício da magistratura, preparou projeto de lei sobre criminalidade e violência para ser discutido inicialmente na Câmara dos Deputados.
Moro é reconhecido pela comunidade nacional e internacional como notável juiz e conhecedor do combate às organizações criminosas violentas ao estilo das máfias e às organizações formadas por autoridades públicas e seus corruptores.
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O reeleito presidente da Câmara dos Deputados, experiente parlamentar que vai para o seu terceiro mandato como presidente da Casa, tem o poder de escolher a pauta dos projetos que serão examinados por seus pares.
Sérgio Moro, antes de divulgar o projeto para governadores e secretários de segurança dos estados, encontrou-se com Rodrigo Maia e expôs as medidas que considera fundamentais no combate ao crime organizado. Rodrigo ouviu e, no final, declarou à imprensa que o país precisa, primeiramente, resolver a pauta econômica, demonstrando que o projeto do Ministério da Justiça e Segurança Pública estará no final da fila.
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O presidente Rodrigo deve achar que a frase “É a economia, idiota!”, usada por Bill Clinton na campanha à presidência dos Estados Unidos, é peremptória; não é! À época da campanha, os Estados Unidos já eram a maior economia do mundo e gastava bilhões de dólares em guerras ditas de paz. Hoje, a dívida pública é de 21 trilhões de dólares, e o deficit de US$ 779 bilhões, mas a violência e a criminalidade são controladas.
Por aqui, a economia sempre é assunto prioritário, e as discussões entre os especialistas são contraditórias a respeito das soluções. A nossa dívida pública ultrapassa R$ 5 trilhões, e o deficit é de R$148 bilhões.
Com exceção do Plano Real, que nos deu estabilidade e investimentos, pouco se fez para acertarmos nossas contas. Na sucessão, o governo do Partido dos Trabalhadores nos levou à decadência moral e econômica. Segundo dados divulgados pela revista Época, as operações financeiras averiguadas pela Lava Jato somam R$ 8 trilhões.
O presidente Jair Bolsonaro, na campanha presidencial, prometeu principalmente retomar os costumes nacionais tradicionais e combater a violência e a criminalidade com rigor. Os eleitores, com medo do PT ou não, elegeram o “mito” na esperança de poder sair às ruas para procurar emprego, trabalhar, estudar, proteger seus filhos e não pagar pedágios às milícias. A economia, por desconhecimento, não preocupava muito – era coisas de ricos, políticos e professores.
As promessas de Bolsonaro eram claras e motivaram dezenas de pessoas com espírito público a abraçar as propostas, a ponto de ilustres personagens abandonarem seus cargos ou suas merecidas aposentadorias para colocar à disposição da nação os seus conhecimentos e reputações.
A fala de Rodrigo Maia é só sobre economia; aos costumes disse nada, mesmo sabendo que nunca resolveremos os problemas econômicos se não mudarmos os maus costumes enraizados em nossa sociedade. Os que não colaborarem na tramitação dos dois projetos, simultaneamente, estarão sob a vigilância dos brasileiros.
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