A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria contra a soltura do caminhoneiro Zé Trovão. Youtuber e ativista bolsonarista, Marcos Antônio Pereira Gomes – nome de batismo de Zé Trovão – está detido deste 26 de outubro. Ele é acusado de comandar ameças contra instituições democráticas e promover convocação para “atos violentos de protesto” no Sete de Setembro deste ano.
O julgamento do pedido de habes corpus impetrado pela defesa iniciou na última sexta (3), em plenário virtual. Nesse formato, os ministros depositam seus votos, que haja debates sobre a matéria.
O processo tem relatoria do ministro Luís Roberto Barroso. Em seu voto, Barroso afirou que “não há nos autos situação de teratologia [absurdo], ilegalidade flagrante ou abuso de poder”. Barroso também alega ser inviável a apresentação de habes corpus para questionar decisão de outro ministro.
O voto dele foi acompanhado pelos votos das ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia.
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Enquanto isso, o ministro Alexandre de Moraes se declarou impedido de votar, uma vez que foi o autor da ordem de prisão preventiva de Zé Trovão. Está pendente, apenas, o voto de Dias Toffoli.
Zé Trovão se entregou em outubro, após ficar um mês foragido. Apesar da condição de procurado pela polícia, ele conseguiu sair e retornar ao país de maneira ainda nao esclarecida pelas autoridades brasileiras. A prisão dele ocorreu em Joinville, Santa Catarina.
Em um vídeo publicado nas suas redes sociais, o influenciador bolsonarista anunciou:
“Não sei quanto tempo vou passar no cárcere, mas saibam que tudo isso é pelo Brasil, é por cada ser humano e cidadão de bem. Que deus possa iluminar grandemente a vida de vocês, sempre”, disse o polemista, antes de concluir com “Fiquem com deus e não desanimem.”
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