O caminhoneiro Marcos Antonio Pereira Gomes, que se tornou famoso pelo apelido de “Zé Trovão”, se entregou às autoridades brasileiras nesta terça-feira (26), após ficar um mês foragido das autoridades brasileiras no México. Zé Trovão, que estava em fuga desde 3 de setembro, tinha contra si um pedido de prisão assinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por fazer apoio aos atos antidemocráticos, e teria sido preso em Joinville (SC).
Em um vídeo publicado nas suas redes sociais, o influenciador bolsonarista anunciou que se entregou às autoridades:
“Não sei quanto tempo vou passar no cárcere, mas saibam que tudo isso é pelo Brasil, é por cada ser humano e cidadão de bem. Que deus possa iluminar grandemente a vida de vocês, sempre”, disse o polemista, antes de concluir com “Fiquem com deus e não desanimem.”
A defesa disse que irá apresentar um habeas corpus pela soltura dele.
O influenciador foi um dos protagonistas durante a manifestação de sete de setembro deste ano, que teve caráter golpista e pró-governo de Jair Bolsonaro. Antes, durante e depois dos atos daquela terça-feira, Zé Trovão publicou diversos vídeos onde conclamava a resistência de apoiadores do presidente às ordens do Judiciário e do Legislativo, além de pregar continuamente a prisão de ministros da suprema corte.
Autoridades policiais já vinham comandando operações de busca e apreensão contra ele em agosto, durante a preparação para os atos de sete de setembro. Moraes, do STF, havia autorizado a prisão de Zé Trovão em setembro, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Desde então, o caminhoneiro teria deixado o país, evitando ser preso. Em um dos seus vídeos, ele indicou estar no México, mesmo lugar para onde teria ido o também bolsonarista Oswaldo Eustáquio.
E dizer que ele fez todo esse carnaval com o aval de nosso Senhor, segundo seus pronunciamentos.