Dos mais de 147,3 milhões de brasileiros que estavam aptos a votar ontem (domingo, 28), 31,3 milhões não compareceram às urnas. O número, equivalente a um em cada cinco brasileiros votantes, é maior do que em 2014, quando 27 milhões de pessoas não foram votar. Brancos e nulos também aumentaram desde a última eleição.
Somados os votos brancos e nulos e as abstenções, mais de 42 milhões de pessoas não escolheram um presidente neste ano. É o maior índice desde a redemocratização do país.
Foram mais de 11 milhões de eleitores que anularam ou votaram em branco ontem. O número é maior do que a população de Portugal, que tem pouco mais de 10 milhões de habitantes, e ligeiramente menor que a totalidade de moradores da cidade de São Paulo, que tem 12,11 milhões.
O índice foi de 2,41% de votos brancos (2,5 milhões) e 7,43% de votos anulados (8,6 milhões) neste segundo turno. No primeiro turno, a taxa foi a mesma de 2014.
Abstenção, brancos e nulos somam 29%, mesma taxa de 2014
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Em 2014, cerca de 30 milhões de eleitores não compareceram às urnas. Brancos e nulos totalizaram 7,1 milhões: foram quase 2 milhões em branco (1,71%) e 5,2 milhões de votos anulados (4,63%). No total daquela eleição, 37,2 milhões de eleitores não escolheram um dos candidatos.
Numeros ” secos” assim não refletem o real motivo da alta abstenção.
Desses “aptos” a votar, quantos e quais eram eleitores, idosos e menores de 18 anos e tem seu voto facultativo?
Lembrando que no primeiro turno, deveriam ser digitados mais de 15 digitos até o final da votação, o que desencorajou muito idoso. E não votando no 1o. Turno desencorajou mais ainda para o 2o. Sem falar no desconhecimento da lei eleitoral.