Do total de 400 deputados que tentaram renovar seus mandatos nas eleições deste ano, 157 não tiveram sucesso, segundo levantamento que considera apenas os deputados titulares ou efetivados – quando um suplente assume a vaga. Isso corresponde a 39,2% das candidaturas de deputados à reeleição.
O estado com o maior número de deputados não eleitos é São Paulo, com 21 representantes que deixarão a Câmara no final deste ano. Rio de Janeiro vem logo atrás, com 20 deputados que se despedem do mandato. Em Minas Gerais, 14 não se reelegeram. No Ceará, foram 11. No Paraná, 10.
Os partidos que menos reelegeram seus deputados foram o PSDB, o MDB e o PP, respectivamente com 22, 20 e 16 candidatos não reeleitos. O PT teve um bom desempenho, com uma taxa de sucesso de 78,4%. Dos 40 deputados petistas que tentaram se reeleger, apenas 11 não conseguiram.
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Entre os deputados que buscaram sem sucesso renovar o mandato na eleição de domingo, destacam-se quatro ex-ministros do governo Michel Temer. Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Leonardo Picciani (Esporte), Ronaldo Nogueira (Trabalho) e Osmar Serraglio (Justiça e Segurança Pública).
Outros que tentaram ficar por mais quatro anos na Câmara, mas não conseguiram, foram os deputados Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), Jovair Arantes (PTB-GO), Nelson Marquezelli (PTB-SP) e Cristiane Brasil (PTB-RJ). Esta última chegou a ser nomeada por Temer para o Ministério do Trabalho, mas não assumiu.
Páginas policiais
Lúcio se tornou réu em maio deste ano, denunciado por crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso conhecido como “bunker do Geddel”. No episódio, que ganhou repercussão mundial, a Polícia Federal descobriu que um apartamento atribuído ao ex-ministro em Salvador (BA) servia como estoque de dinheiro de origem desconhecida – à época da descoberta, como este site mostrou em setembro de 2017, a PF encontrou R$ 51 milhões em dinheiro vivo no local, a maior apreensão em toda a história brasileira.
Jovair, Cristiane e Marquezelli foram denunciados em agosto pela Procuradoria-Geral da República, acusados de integrar uma organização criminosa em investigação de irregularidades na concessão de registros sindicais pelo Ministério do Trabalho.
Sem o mandato de deputado, os políticos perdem o direito ao chamado foro privilegiado, em que autoridades são julgadas apenas pelo Supremo Tribunal Federal, e agora passam a responder judicialmente a instâncias inferiores.
Leia abaixo a lista completa dos deputados que não conseguiram se reeleger:
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Renovação é vital para o desenvolvimento do país. Chega da velha política de conchavos partidários, do toma lá dá cá, do criar a dificuldade para vender a facilidade, chegando à atitudes extremas como a chantagem e a sabotagem.
Na verdadeira democracia, as instituições, os que fazem parte delas e aqueles que as dirigem devem servir a sociedade. Nunca o contrário. Os únicos acordos legítimos são aqueles feitos com o povo.
Seguindo este princípio, o de servir a sociedade, o papel da verdadeira imprensa é o de informar corretamente, mostrando equitativamente, os principais pontos de vista, sem protagonismos, sem omissões, sem manipulações . Infelizmente, não é o que temos visto principalmente nas atitudes de alguns membros do STF, do legislativo e de grandes grupos de mídia, que tem colocado seus interesses particulares na frente (às vezes bem na frente) de suas obrigações públicas.
A renovação foi expressiva, mas poderia ter sido beeem maior. Ainda reelegemos Renan, Barbalho, Aécio, Tiririca, dentre tantos q deveriam ter sido banidos da vida publica e até presos. De qquer modo, mostramos q não somos mais tão tolos qto fomos até 2014. De lá para cá, evoluímos um monte! Os homens públicos é q se cuidem, pois estamos no rastro!
Essa grande renovação é uma ótima notícia. Na prática, desapareceu o centrão. Aquela lógica de negociar por partidos e os parlamentares se submeterem aos líderes das agremiações desapareceu. A lógica agora é transversal ou temática, como preferirem. O presidencialismo de coalização (ou cooptação) acabará com Bolsonaro, que indicará apenas nomes técnicos para o ministério e as votações serão ideológicas.
Estamos em 2020 agora. Infelizmente só estavam se ocultando nas sombras e, não suportando mais a a escassez de corrupção, os “vampiros sugadores do orçamento” resolveram atacar em plena luz do dia.