Os encontros do ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) com a senadora Simone Tebet (MDB) e o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) para viabilizar um nome, entre os três partidos, para confrontar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) não preocupam o ex-governador paulista João Doria (PSDB), pré-candidato do partido à Presidência da República.
A declaração é do deputado estadual Marco Vinholi. Presidente estadual do PSDB, Vinholi afirma que Doria é o nome do PSDB na construção da candidatura do “centro democrático”, buscada pelo próprio partido, o MDB, o União Brasil e o Cidadania. Segundo ele, a despeito de resistências ao nome do paulista, o partido respeitará o resultado das prévias. “Entendo que o Eduardo Leite está errado na relativização da história das prévias. Isso não condiz com a credibilidade e a história do PSDB. É preciso respeitar o resultado”, afirmou o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Regional ao Congresso em Foco.
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Para Vinholi, Eduardo Leite precisa reconhecer que o partido fez grande esforço para mantê-lo em seus quadros e que tem de respeitar a democracia partidária. “Ele terá papel importante nas eleições. Mas o respeito às prévias é um pilar para o PSDB, algo da nossa essência”, observa. “Acredito que, a despeito de algumas divergências, o conjunto do partido tem esse sentimento”, acrescenta.
Na avaliação do presidente do PSDB paulista, João Doria saiu fortalecido internamente após ameaçar renunciar à candidatura presidencial na semana passada diante das articulações de bastidor em torno do nome de Eduardo Leite. O ex-governador gaúcho declarou que se sentia preparado para assumir o projeto presidencial do partido e indicou que tinha apoio suficiente para desbancar o colega paulista.
Segundo Vinholi, o nome da chamada terceira via ou centro democrático só deverá ser definido nos próximos meses. “A população vai ter de maneira mais clara suas opções um pouco mais para frente. Hoje há o reflexo do eleitor que não quer Bolsonaro e, por isso, declara voto em Lula. E vice-versa. Mas isso vai mudar porque há grande parcela do eleitorado que não quer nenhum dos dois”, considera.
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