A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) também resolveu se mobilizar para pressionar por reajuste salarial, a exemplo do que estão fazendo outras categorias de servidores.
Na manhã desta terça-feira (19), a diretoria da Ajufe reuniu um grupo de jornalistas para um café da manhã, para apresentar a transição que haverá na associação. A atual diretoria, presidida por Eduardo André Fernandes está no final do seu mandato, e será substituída no dia 7 de junho por novo grupo que terá como presidente Nelson Gustavo Alves. A Ajufe reuniu os jornalistas para apresentar as suas pautas. O Insider esteve presente ao café da manhã.
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Segundo Eduardo Fernandes, caso fosse estabelecido o critério que determina recomposição pela inflação a cada ano, a defasagem salarial dos juízes seria hoje de 49%. A regra constitucional que estabelece o teto salarial nos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) determina que a cada ano a Corte envie para o Congresso a proposta de reajuste, que o Congresso precisa aprovar. Segundo Fernandes, desde 2006 o STF enviou propostas 13 vezes, ou seja, não enviou em todos os anos. E somente seis delas foram aprovadas pelo Congresso. Para a Ajufe, a ideia ventilada pelo governo de reajuste linear para o funcionalismo em 5% ficaria bem longe de atender à categoria.
A Ajufe avalia também como se posicionará em torno da PEC que restabelece o quinquênio para a magistratura. A PEC surgiu como uma tentativa de criar uma alternativa para a questão salarial. De acordo com ela, a magistratura da União, dos estados e do Distrito Federal e os integrantes do Ministério Público teriam direito a uma parcela mensal indenizatória de valorização por tempo de serviço na razão de 5% do subsídio do seu cargo a cada quinquênio, ou seja, a cada cinco anos, até o máximo de sete parcelas.
Há ainda o PL 6726/2016, que envolve a questão salarial, criando o chamado “extrateto”. O extrateto permitiria a exclusão de alguns adicionais que não se submeteriam à regra do teto constitucional (hoje fixado em R$ 39,3 mil, o salário do ministro do STF).
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