O candidato a vice-presidente pela coligação “O povo feliz de novo”, Fernando Haddad (PT), lamentou que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) tenha sido esfaqueado durante um ato de campanha em Minas Gerais. “É lastimável. É um absurdo, você não pode entrar no discurso. A pessoa tem idiossincrasias, seu temperamento, mas nós democratas temos de garantir um processo pacífico, reforçar o papel das instituições. Não se pode entrar em provocação de jeito nenhum. Deus me livre, um horror isso”, criticou Haddad em entrevista ao Congresso em Foco e ao MyNews.
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Antes de ser informado pela equipe sobre o episódio com Bolsonaro, o candidato a vice-presidente pelo PT evitou classificar como perseguição política as decisões da Justiça contra Lula. Para ele, atribuir ao Judiciário uma atuação partidária seria uma declaração leviana.
“Não digo isso porque não sou leviano, penso que o Judiciário pode cometer erros, ninguém é infalível”, declarou. “Houve um erro jurídico e tenho expectativa de que venha a ser corrigido. Não adjetivo instituições”, acrescentou.
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Haddad criticou a atuação do Ministério Público inclusive contra o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, alvo esta semana de uma ação por improbidade administrativa. “Alckmin acabou de ser processado. Acho esquisito 30 dias antes da eleição um promotor entrar com ação com quem tem 40 anos de vida pública”, disse. “Não podemos deixar as instituições se levarem pela política.”
O candidato também fez críticas à equipe econômica do governo Michel Temer. “Não está havendo rigor na questão econômica. Estão gastando dinheiro de forma errada. Quem já tem muito está recebendo aumento. Basta ver a trajetória do déficit primário. O governo não está entregando o país em ordem, está entregando em desordem. Uma coisa é o Meirelles no governo Lula. O país é presidencialista. Sabe quando Lula aprovaria um teto de gastos? Lula tem sensibilidade”, acrescentou.
Haddad disse que o governo petista vai trocar toda a equipe econômica caso vença as eleições. “Essa essa equipe não é uma Brastemp”, brincou. O ex-ministro da Educação contou que era cotado pelo ex-presidente Lula para ser seu ministro da Fazenda.
Haddad é o quarto entrevistado da série Encontro com Presidenciáveis. O primeiro dia de sabatinas foi marcado pela multiplicidade de temas e pela abordagem de questões polêmicas.
Estamos em constante contato com os demais presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas para confirmar uma nova rodada. As entrevistas são individuais, duraram uma hora cada uma e têm formato de talk show. O objetivo é evitar as amarras do formato tradicional de sabatinas e debates presidenciais e dar ao candidato melhores condições para expor com liberdade suas ideias e propostas.
Conduzem a entrevista de Haddad os jornalistas Sylvio Costa, do Congresso em Foco, e Cristina Serra, Mara Luquet e Antônio Tabet, do MyNews.
Nessa realização conjunta, os dois veículos são apoiados pela Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe), pela Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e pela Genial Investimentos. https://genialinvestimentos.com.br/ Trata-se de uma parceira de duas marcas digitais que têm o pioneirismo em comum.
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