O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a falar em afastamento do deputado e ex-presidente do partido Aécio Neves (PSDB-MG) da legenda. “Que ele saia. É o que se espera de um parlamentar. Afinal de contas, ele foi eleito por voto popular. Então respeite o povo, respeite a democracia e respeite o PSDB”, disse em entrevista coletiva.
O posicionamento do governador acontece depois de o PSDB ter se dividido na disputa pelo comando da Câmara entre Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado por Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Arthur Lira (PP-AL), vencedor do pleito e candidato do presidente Jair Bolsonaro.
O PSDB entrou oficialmente no bloco de Baleia, mas mais da metade dos deputados tucanos ficou com Lira. A vitória de Baleia era desejada por Doria, que queria uma aliança na eleição de 2022 com MDB e DEM. Aécio é aliado de Arthur Lira.
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Aliados de Aécio ouvidos pelo site acham que é difícil um novo pedido de expulsão prosperar. O PSDB já votou e rejeitou, no fim de 2019, uma solicitação de afastamento de Aécio. Tucanos próximos do mineiro acreditam que o novo pedido só deve avançar se houver fato novo, como uma nova denúncia ou sentença além das atuais que envolvem o ex-governador de Minas Gerais.
Apesar de não ter sido condenado, o ex-candidato a presidente nas eleições de 2014 foi alvo de pelo menos nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal após ser citado na delação premiada de Joesley Batista, dono da JBS.
Somente um desses casos evoluiu e transformou o mineiro em réu, que é o que trata do empréstimo de R$ 2 milhões pedido pelo tucano para bancar sua defesa na Lava Jato.
Em nota, Aécio critica Doria e diz que ele quer se apropriar do partido. O ex-presidente do PSDB também afirmou que o governador “quer vestir o figurino de oposição”, mas na eleição de 2018 “se apropriou do nome de Bolsonaro para vencer as eleições em São Paulo, através do inesquecível Bolsodoria”.
Declaração deputado federal Aécio Neves
Ex-presidente nacional do PSDB
É lamentável que o governador de São Paulo demonstre tamanho desconhecimento em relação à realidade do seu próprio partido.
O PSDB tem uma longa tradição democrática, construída muito antes de sua chegada ao partido, e que não será sufocada por arroubos autoritários de quem quer que seja.
O destempero do Governador se deve, na verdade, à sua fracassada tentativa de se apropriar do partido, como ficou explicitado no jantar promovido por ele ontem, que tinha como objetivo afastar o atual presidente Bruno Araújo, para que ele próprio assumisse a presidência do PSDB.
O desrespeito à democracia interna é tamanha que hoje mesmo o governador chegou ao extremo de se autoproclamar “presidente nacional do PSDB”, cargo para o qual nunca foi escolhido por seus pares.
Quanto à coragem por ele referida, lembro que muitos de nós a temos de sobra, o que foi demonstrado ao longo de décadas no enfrentamento dos nossos reais adversários. Assim como também temos a responsabilidade, não só de permanecermos no partido que ajudamos a construir, mas de lutarmos para evitar posturas que inibam o debate democrático que nos acompanha por toda nossa existência.
Política não se faz com arroubos pela imprensa e nem se resume a ações sucessivas de marketing.
Se o Sr João Dória, por estratégia eleitoral, quer vestir um novo figurino oposicionista para tentar apagar a lembrança de que se apropriou do nome de Bolsonaro para vencer as eleições em São Paulo, através do inesquecível Bolsodoria, que o faça, sem utilizar indevidamente e de forma oportunista outros membros do partido.
Criar um conflito artificial dentro do PSDB para alimentar na imprensa projetos pessoais cada vez menos críveis, é desrespeitar a história de uma legenda construída há décadas por muitos brasileiros e que, mesmo nos momentos dos mais duros embates, jamais viu desaparecer a boa educação e, principalmente, o respeito entre seus membros.
Lamento profundamente que esteja faltando ao governador de SP a temperança e a humildade para compreender aquilo que sabemos desde a fundação do partido: que o PSDB não tem dono e que a vontade de um jamais se sobreporá à vontade da maioria.
Aos inúmeros companheiros de bancada e de partido que se sentiram atingidos pelas declarações do governador, reafirmo mais uma vez minha total solidariedade.
Deputado Federal Aécio Neves
Ex-presidente nacional do PSDB
> Os áudios que transformaram Aécio em réu; transcrição detalha pagamento de R$ 2 milhões
Não gostava nem um pouquinho do mauricinho botoxeado Doria, mas achei sua atuação na crise da covid memorável, mostrou que sabe trabalhar bem sob pressão. Foi um dos poucos! Se diz que ele o faz em prol de ganhos políticos, mas qual político não quer ganhar votos? Se não fosse por ele o país não estaria vacinando ainda!
O sem-vergonha aécio, em quem votei, deveria ter sido expulso do PSDB faz tempo.
Assisti muitas entrevistas que Dória fazia com seus convidados num programa que tinha na televisão, parecia sensato, centrado e focado, tudo bem, candidatou-se a prefeito de São Paulo sempre dizendo que não era político era um “Gestor”, fez a primeira promessa porém, ué? promessa não é ato político?, mas fez, de que terminaria sua administração a frente da prefeitura, e a promessa foi…foi…foi…quebrada! e virou o Bolsodória, e passou a ser político, e hoje apresenta-se como um dos mais nefastos políticos que o voto já produziu, representa tudo que menos aprovamos num cidadão de bem, desequilibrado e agora, cospe no prato que come, o PSDB criou uma cobra para lhes morder, este João Agripino tem planos maiores para ele mesmo, FHC que se cuide!
Nem é tão ruim assim.
Pensa se fosse o Haddad, o aliado do Maluf, governando São Paulo?
Esse foi o momento histórico que favoreceu muito o Dória, além dele entrar na onda do Bolsonaro, o França era o seu adversário direto, aí já viu.
Hoje à tarde, o $TF criou um monstro.
Simplesmente, The Four ”Meretríssimos” lançaram a candidatura Sergio Moro a Presidente da República.
E com o apoio da Folha, do UOL e do Congre$$o em Fofoca
Se eu fosse um dos ”donos” de um desses partidos nanicos, eu corria para tentar filiar ele.