A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos iniciou na tarde desta quarta-feira (13) os debates sobre o segundo pedido de impeachment de Donald Trump. Desta vez, o presidente é acusado de incitar a insurreição de correligionários contra o Congresso dos Estados Unidos, invadido há uma semana.
Os congressistas estão reunidos desde às 11h (9h, no horário local) e decidiram, por 221 votos a 203, que debaterão por duas horas sobre a possibilidade de impedimento.
Na sequência, a Casa deve votar e aprovar novamente um impeachment do presidente republicano – desta vez, com a possibilidade de que membros do próprio partido votem contra o presidente.
Em seu discurso, a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi disse que o parlamento não poderia fugir à História. “O presidente dos EUA incitou essa insurreição, essa rebelião armada contra nosso país”, disse.
Aos 80 anos, Pelosi comandará a segunda votação de impeachment na Câmara em 13 meses. “Ele precisa ir. Ele é uma clara e presente ameaça ao país que amamos”, discursou.
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O deputado republicano Jim Jordan afirmou haver uma tentativa de derrubar o presidente dos EUA desde o primeiro dia de Trump no cargo, em 2017.
“Eles querem cancelar o presidente. O presidente que cortou taxas, que reduziu regulação, que lutou contra a Covid, trouxe reféns da Coreia…mas é sobre política […] Isso é o impeachment, segundo round”, resumiu.
A votação deve ser mais rápida da que analisou o primeiro pedido de impeachment, no fim de 2019. Com menos artigos e um apoio maior por parte dos republicanos, há a expectativa de que a decisão seja tomada ainda nesta quarta.
Desta vez, há mais chances de o pedido prosperar no Senado – onde o líder do Partido Republicano, Mitch McConnell, parece ser favorável ao afastamento de Trump, que deixa o cargo em 20 de janeiro, com a posse de Joe Biden.
A votação é realizada após o vice-presidente, Mike Pence, rejeitar um ultimato da Câmara para afastar Trump com base na 25ª emenda à Constituição, que regulamenta como se dá a sucessão presidencial no país, em caso de “incapacidade” do presidente em cumprir seu mandato. Nesta terça (12), Pence disse que não tomaria esta decisão.
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