A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, autorizou mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (18) em endereços de quatro pessoas acusadas de agredir Alexandre de Moraes e membros de sua família no aeroporto de Roma, Itália, na sexta-feira (14).
Celulares, documentos e computadores dos envolvidos foram apreendidos na expectativa da PF conseguir elementos que comprovem as agressões. Há a suspeita de que algum dos envolvidos possa estar envolvido nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 como financiador. O conteúdo será enviado a Brasília.
Injúria, perseguição e desacato são os crimes pelos quais a família Mantovani será investigada. As imagens do aeroporto já foram requisitadas pelas autoridades brasileiras ao governo italiano e a estimativa é que o material, crucial para entender o caso, chegue ao Brasil até o fim da semana.
Roberto Mantovani prestou depoimento à PF durante a manhã desta terça e negou ter agredido o ministro do STF que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas assumiu ter “afastado” o filho de Moraes com o braço e de tê-lo atingido no rosto. Alex Zanatta, genro presente na data da ocorrência, também negou qualquer agressão à família de Moraes. A esposa de Roberto, Andreia Mantovani ainda precisa prestar depoimento à PF. Ela teria xingado o ministro de “comunista, bandido e comprado”.
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O problema ocorreu em um sala VIP do aeroporto e, segundo a defesa dos acusados, o motivo foi a disputa de lugares no espaço.
Acusados de agressão física e verbal à família do ministro, Roberto Mantovani, político filiado ao PSD que já foi candidato à prefeitura do município de Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo, pelo PL, e a esposa Andréia Munarão prestarão depoimento à Polícia Federal (PF) na terça-feira (18).
Moraes estava na Europa porque foi palestrar no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena. O desentendimento entre as famílias ocorreu na Itália , e teria começado quando Andréa chamou Moraes de “bandido, comunista e comprado”.
A discussão ganhou maior proporção quando o marido de Andréa, Roberto, se envolveu para dar seguimento ao bate-boca. No entanto, o genro do casal, Alex Zanatta, é quem foi acusado de agredir com um tapa no rosto o filho do ministro.
Quando a família Mantovani pousou no Brasil, a PF já os aguardava no aeroporto para obter esclarecimentos. Roberto Mantovani já foi candidato a prefeito do município de Santa Bárbara d’Oeste pelo PL em 2004, mas está filiado ao PSD desde 2016. Os três acusados se manifestaram por meio de notas à imprensa alegando que a ocorrência não passou de um mal entendido.
A versão da família Mantovani é que outra pessoa na multidão xingou o ministro e que então o caso se transformou em uma discussão acalorada. Em resposta, o próprio ministro da Justiça, Flávio Dino, veio a público para se manifestar sobre o caso.
Dino não só repudiou a agressão a magistrados, que classificou como algo cada vez mais comum no Brasil, como também requisitou ao governo italiano as imagens do aeroporto para auxiliar a PF nas investigações. A previsão é que as imagens cheguem ao Brasil até sexta-feira.